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A foto abaixo foi tirada por mim, ontem, às 13h17min, da esquina das avenidas Almirante Barroso e Antônio Carlos, no centro do Rio de Janeiro, e mostra diversos carros oficiais (segundo informação de um PM), pretos (embora com placas comuns), estacionados sobre a calçada, uma motocicleta também da Polícia Militar que trafegava em alta velocidade também sobre a calçada e um carro da PM que cuidava da segurança em frente ao prédio do Jockey Club.
– Boa tarde. O que está havendo aí?
– Não sei não, senhor. Sei que o prefeito e o governador estão aí – foi o que me disse um dos policiais.
Eu que tanto critico, e com veemência, essa deduragem explícita fomentada pelos meios de comunicação, vi-me, ali, celular em punho, fotografando a bandalheira: depois de perceber um helicóptero pousando no alto do Tribunal de Justiça, que fica exatamente em frente ao Jockey Club (imaginei ser o governador Sérgio Cabral ou o prefeito Eduardo Paes), depois de contar mais de 10 carros parados sobre a calçada de pedras portuguesas da avenida Antônio Carlos, depois de contar 8 policiais destacados para a segurança do troço todo, depois de provocar um guarda municipal que, evidentemente, nada fez – “não vai multar os carros?” -, fotografei.
Publiquei a foto no TWITPIC (aqui) e me dei por satisfeito.
Ocorre que hoje, lendo os jornais, tomando ciência do ocorrido, ontem, com os trens da SUPERVIA – leiam aqui – ocorreu-me a pergunta: quem são os vândalos?
Simples consulta ao dicionário:
“adjetivo e substantivo masculino
2 Derivação: sentido figurado.
que ou aquele que estraga ou destrói bens públicos, coisas belas, valiosas, históricas etc.
Exs.: destruíram o ônibus num ataque v.
um grupo de v. atacou a igreja
3 Derivação: sentido figurado.
que ou aquele que não tem cuidado, esmero, tudo estraga
Exs.: um método v. de podar árvores
arranjei um v. como dentista
4 Derivação: por extensão de sentido.
que ou aquele cuja ação ou omissão traz prejuízo à civilização, à arte, à cultura
Exs.: política educacional v.
o ministro foi um v. ao cortar as verbas da cultura”
Antes de prosseguir: lembrei-me do texto que publiquei em 18 de dezembro de 2009 sobre o METRÔ que, como a SUPERVIA, presta um péssimo serviço aos cidadãos do Rio de Janeiro (leiam aqui). Disse eu, lá:
“Enquanto a população não for efetivamente mais firme (não vou defender aqui a destruição absoluta de todas as estações e um quebra-quebra sem precedentes na sede da empresa, na avenida Presidente Vargas, sob pena de ser acusado de incitar a desordem e o vandalismo) a sacanagem dos porcos que comandam o consórcio responsável pelo serviço metroviário na cidade do Rio de Janeiro vai continuar.
(…)
À moda babaca que pendura lençol branco na janela pedindo paz, que combina abraço à Lagoa pra sei-lá-o-quê, a população propôs um boicote ao metrô no final de novembro – como se fosse possível, pra grande parte dessa mesma população, recorrer a outro meio de transporte, ainda que por um dia. Não deu em nada, é evidente (só um beócio acreditou no êxito da medida). Medida babaca que – alguém duvida disso? – deve ter feito os poderosos gargalharem entre baforadas de charuto e apalpar de bolsos abarrotados de dinheiro.
Ou radicaliza-se ou vai ficar tudo como está.
Pau na canalha!”
Diz o jornal, sobre ontem:
“A SuperVia informou que vai registrar queixa na delegacia, nesta sexta-feira, contra os passageiros que participaram de atos de vandalismo nesta quinta na estação de Saracuruna. A imagem de um homem, ainda não identificado, ateando fogo em um vagão foi divulgada e poderá ajudar na identificação. A sequência de atos de vandalismo foi detonada por defeitos em dois trens. Passageiros revoltados quebraram bancos, placas, lixeiras, depredaram um trem enguiçado e incendiaram um dos vagões do outro.
(…)
O tumulto começou às 6h, quando um trem que seguia de Saracuruna para a Central enguiçou. Meia hora depois, os passageiros foram levados para outra composição, que também parou. As pessoas tiveram que caminhar pelos trilhos.”
A população do Rio de Janeiro, paciente demais pro meu gosto, passiva demais pro meu gosto, levou foi muito tempo para reagir à altura contra a canalha que nos governa (e fez pouco). Vândalos – os que destróem bens públicos e históricos, aqueles cuja ação ou omissão traz prejuízo à civilização, à arte e à cultura – são os políticos que não estão nem aí para o bem-estar da população. Pra ficarmos no Rio de Janeiro, vândalo é César Maia, autor daquele elefante branco na Barra da Tijuca que engordou a conta bancária de muito filho da puta. Vândalo é Eduardo Paes que faz do choque de ordem a muralha que pretende esconder a vergonha que é o asfalto da cidade, as calçadas da cidade, os ônibus da cidade, e digo desde já que essas blitzes-pra-imprensa que lacram um ou outro meio de transporte (seja táxi ou ônibus) não vão dar em nada. Há que se ter coragem para a cassação de licenças, para – por que não?! – o encampamento das linhas que tratam o passageiro como gado (saudades de Leonel Brizola…). Vândalo é Sergio Cabral que não tem pulso firme com o METRÔ, com a SUPERVIA, com a BARCAS S.A., concessionárias que tratam os usuários como lixo. Vândalo é Jorge Picciani, presidente da ALERJ, que – para dizer o mínimo – emprega uma rainha de bateria qualquer às custas do contribuinte e que, há até pouco tempo, era investigado por conta de trabalho escravo em suas fazendas. Daí Paulo Maluf é dado como caçado pela INTERPOL, um dos filhotes de José Sarney tem conta bloqueada pelo governo da Suíça (depósitos da ordem de US$ 13 milhões), rastreada a pedido do Judiciário brasileiro, e vamos vivendo assim, achando tudo muito normal.
Há que se radicalizar.
A população que ontem protagonizou o quebra-quebra não agiu como vândalo (existe “vândala”?). A população reagiu e reagiu na exata medida de sua possibilidade. Tire um dos poderosos de seu carro oficial, cercado de batedores, de seu helicóptero, de seu jatinho, e veja como reagirá o canalha dentro de um transporte público por dias e dias seguidos. A população reagiu – repito – e dessa reação, em cadeia (tomara, tomara, tomara!), sobrevirá, seguramente, mais respeito.
Pau na canalha.
E seremos um lugar melhor pra se viver. Somos um país-bebê, com pouco mais de 500 anos. Creio nisso. E na força do povo.
Até.
Arquivado em política, Rio de Janeiro
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* sobre o jogo… não, não, sobre o Campeonato Carioca. Com preços proibitivos, com times participantes pífios, com transmissão pela TV, a fórmula está gasta, sem graça e os jogos são soníferos. Quero crer que, pela primeira vez na vida, depois de tantos anos defendendo a realização de campeonatos regionais, torço para que tenhamos um único campeonato de futebol no Brasil. O Campeonato Brasileiro. Com um calendário decente, regulamento decente, sem virada de mesa e mais que tais. A única coisa que tem movido o torcedor (e não apenas no Rio, mas no Brasil inteiro) é o tropeço do adversário diante de um nanico;
* sensacional a sacada de Felipe Quintans. Chalitando o EGO DO BUTECO, uma das seções de maior sucesso do BUTECO, e lançando a série MODA DE BOTEQUIM em seu BOEMIA E NOSTALGIA (vejam aqui), Felipinho marca, na minha humílima opinião, um gol de placa. Além de exibir e criticar as frescuradas do mais-que-podre caderno ELA do jornal O GLOBO, encartado aos sábados e editado pela chalita Ana Cristina Reis (que, mais ousadamente que Roberto Chalita, plagiou o NEW YORK TIMES), o pequeno grande homem, ídolo em Campinas, ainda lança luzes sobre gente simples que dá ainda mais graça a esta cidade tão sacaneada pela imprensa;
* o SEGUNDO CADERNO de O GLOBO de hoje festeja Renato Russo: justificável, afinal o cara foi – para infelicidade de uma geração – ídolo à sua época. Sobre o tema, fecho com Luiz Antonio Simas: para a música brasileira, frise-se, não faz falta nenhuma. Leiam aqui;
* ainda não assisti ao DVD, mas recomendo vivamente. Fabiana Cozza é uma de minhas cantoras preferidas (tarefa sempre inglória nesse Brasil tão farto na matéria), no topo do pódio. Seu DVD está à venda aqui;
* e pra encerrar: dia desses eu lhes disse que o PSOL não é um partido político, é uma pinacoteca. Só tem quadros, quadros e mais quadros. Descobri, graças ao TWITTER, que os simpatizantes do PSOL também gostam, e muitíssimo, de um mobiliário. Além dos quadros, são fãs confessos de mesas. Um dos militantes não passa um único dia sem anunciar mesas e mais mesas espalhadas por aí. Compondo o cômodo, além de quadros e mesas, uma lata de lixo seria ideal.
Até.
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Até.
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A INTERPOL, com 188 países membros – 4 a menos que a ONU! – está PROCURANDO Paulo Maluf e Flavio Maluf, o que significa dizer que se qualquer um dos dois puser as patas sujas em qualquer um desses 188 países serão presos.
Mas aqui, não. Aqui desfilam na Câmara dos Deputados (“a casa de todos os brasileiros”, conforme anuncia o portal (vejam aqui) e não são incomodados pela Justiça sabe-se lá o por quê (eis aí minha confissão pública de ignorância com relação ao assunto). Adendo: leio, aqui, o que pode explicar essa vergonha: “A Justiça Federal extinguiu a punibilidade do ex-prefeito Paulo Maluf (PP) em ação penal por crime de evasão de divisas. Por ter mais de 70 anos, Maluf foi beneficiado por lei brasileira que reduz pela metade o tempo em que alguém pode ser processado. A denúncia havia sido feita pelo Ministério Público Federal em outubro do ano passado. Com a decisão, o processo será arquivado. O ex-prefeito e seus familiares são réus em outro processo, por formação de quadrilha, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Esta ação não sofre prejuízo por conta do arquivamento do processo por evasão de divisas.”.
Assassino elegante (quantas vidas ceifou desviando mais de 500 milhões de dólares dos cofres públicos?????), um dos símbolos máximos da bandidagem do colarinho branco, filhote da ditadura (como bem dizia meu saudoso e eterno governador, Leonel de Moura Brizola), Paulo Maluf solto é um escárnio que me faz, por alguns instantes, desacreditar no Brasil.
Até.
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Até.
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Abro o varandão sonoro de hoje, domingo, pra mostrar a vocês uma grata surpresa que pesquei, ontem, no blog de meu caríssimo Cesar Tartaglia. Trata-se de um samba de parceria de Moyseis Marques (o cara canta mais e melhor a cada dia, troço impressionante) e Arthur Mitke, feito em homenagem a Luiz Carlos da Vila, chamado SAMBA DA TAMARINEIRA. Gravação caseira, como a que lhes mostrei ontem (aqui) – e também comovente.
http://www.divshare.com/flash/playlist?myId=10825595-27b
Poemas enfeitaram meus papéis
Romances encantaram menestréis
Sem endereço o nêgo então partiu
Levando a soma das raças Brasil
São os nossos valores, é a nossa raiz
Presente, futuro, passado,
Mestre e aprendiz
Raças e etnias
Com carvão ou com giz
Eu escrevo inspirado
Num bom samba do Luiz
Tão além da razão que até Lili se comoveu
E o ateu e o amém na tal fogueira da paixão
Estamos nessa kizomba, a chama não se apagará
Tamarineira não tomba, o show vai continuar
Não levou o que eu podia dar
Mas nossa parceria vai prevalecer
Pois a cada nota desse meu cantar
Sua poesia vai sobreviver”
Até.
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