Arquivo do mês: julho 2010

ESTUPRO À MÚSICA BRASILEIRA

Eis aí trecho extraído do blog do candidato a deputado estadual, Mozart Noronha, do PSOL (leiam aqui, antes que seja retirado do ar o crime contra a música brasileira). Pobre Chico Buarque, pobre Vinícius de Moraes, pobre Garoto, pobre Noel Rosa. Já o PSOL, patético como sempre.

extraído do site do pastor Mozart Noronha, candidato a deputado estadual pelo PSOL

Sem comentários.

Até.

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>ESSE É O MEU PRESIDENTE

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Tente não se emocionar junto com o presidente Lula. Como disse meu querido xará, Edu Carvalho, que me enviou o vídeo, eu também tenho muito orgulho de ter ajudado a elegê-lo, sinto uma imensa honra por tê-lo como Presidente da República, e sinto uma emoção infinita por conta de tudo isso.

Até.

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>DO DOSADOR

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* Vocês hão de se recordar do que lhes contei aqui, em março passado. Disse eu, àquela altura: “Se a grande rede dá voz e vez a plagiadores como Roberto Chalita, de Vinhedo (cidade no interior de São Paulo), em contrapartida nos aproxima de um tremendo boa-praça, como é Alfredo Costa Lima, de Manaus, no Amazonas. O Alfredo, gentilíssimo, nos enviou a foto abaixo, onde aparece ao lado da família, todos vestindo a camisa do bloco NEM MUDA NEM SAI DO SIMAS. As camisas, que seguiram via SEDEX para Manaus, foram adquiridas pelo Alfredo, que fez, sozinho, a maior encomenda ao Brás, tesoureiro do bloco. É bacana demais isso. O sujeito, a mais de 4.000km de distância do Rio, embarca na brincadeira que homenageia Luiz Antonio Simas, evidenciando, assim, as vantagens que tem a grande rede.”. Pois ontem – eis mais uma grande surpresa! – tive o prazer de conhecer o tremendo boa-praça pessoalmente. Estava eu almoçando com Leo Boechat e Henrique Blom, meu afilhado, na rua do Rosário, quando bateu-me o telefone o Alfredo, que havia me avisado, há coisa de um mês, que estaria no Rio em julho. Pintou na área acompanhado pelo filho, vestido à caráter com a camisa do Botafogo, bebemos chope, erguemos o copo à graça do encontro, jogamos conversa fora, registramos o encontro – aqui, os Alfredos, estou esperando e fico devendo exibir a foto que tiramos juntos – e lamentei bastante que o encontro tenha acontecido na véspera de seu embarque de volta. Daqui, do balcão virtual, mando um abraço do tamanho da Tijuca, que não pude mostrar a eles, pra pai e filho, rionegrinos fanáticos;

* à noite tive o prazer de conhecer outra impoluta figura, o irmão de Leo Boechat, Breno (sigam o moleque no twitter, pô, por aqui). Aqui, na porta do BODE CHEIROSO, na Tijuca, minutos antes de entrarmos no Maracanã para o modorrento empate entre Flamengo e Avaí, Henrique Blom, Leo e Breno Boechat;

* graças a outro encontro, há pouco mais de um mês, promovido por Janir Junior, no BAR DA FRENTE, também na Tijuca, conheci Rafael Cavalieri, que hoje, gentilmente, comprovando a força e as vantagens (de novo, elas) da grande rede, ciceroneará meu afilhado pela esfera fascinante da imprensa esportiva. Meu abraço e meus agradecimentos ao Rafael;

* e pra terminar: o que é, meu Deus, Rogério Lourenço comandando o time do Flamengo? Ontem, no segundo tempo do jogo – quando deu-se um apagão no time – o baratinado treinador chamou um para entrar em campo. Desistiu. Chamou outro. Desistiu. Chamou outro. Desistiu. Chamou outro. E fez as substituições, todas equivocadas. Expôs, assim, às escâncaras, o despreparo que já era, nas entrelinhas, percebido por qualquer um que entende minimamento do riscado. Eu, que não sou adepto da corrente que dá super-poderes a um técnico de futebol, acho que dessa vez o troço é mais grave. Ou trocamos de técnico ou vamos pro buraco. Ô, Zico, dá um jeito nisso!

Até.

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>É PRECISO ESTAR ATENTO, SEMPRE

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Recebi, comovidíssimo, agora pela manhã, um e-mail muito bacana (e forte, como tudo o que vem da remetente!) que me foi enviado pela minha comadre, mãe da minha sereia, Railídia Carvalho. O publico na íntegra, abaixo, para logo depois tecer brevíssimo comentário que me parece ter tudo a ver com o que diz essa paraense porreta, brasileira até o mais recôndito de sua alma cortada pelos rios que são cenário de sua infância:

“Amigos, minha mãe conta que meu avô, João Valente, aprendeu a ler sozinho e que mesmo morando no Baixo Amazonas, distante dos grandes centros, sempre estava informado sobre política. Lia os jornais atrasados que eram trazidos de Belém por algum morador após difícil viagem atravessando o Amazonas.

Tinha o gosto pela política, meu avô. Mamãe herdou. Foi vereadora em Altamira, numa época em que a Transamazônica virou desilusão pra muita gente esperançosa por vida melhor. Sou de Almeirim mas também sou filha daquela estrada que se podia ver da lua, diziam. E também ganhei do meu avô, além do gosto pela música, o gosto pela política, pelo debate que avança e transforma. Não abro mão deste direito.

Acredito nesta trincheira de luta. Não tenho medo de ser associada a isto ou aquilo porque estou exercendo meu legítimo direito de opinar, de defender minhas idéias, construir, reformular. Tenho orgulho de fazer parte do Partido Comunista do Brasil, como muitos sabem. E aos que não sabem “meu coração é vermelho”, sim, como cantou a Fafá de Belém, minha conterrânea.

Por isso me entristece ver hoje em dia como se torce o nariz quando se fala em política. Amigos, é um dever nos posicionarmos. Temos eleições no Brasil pra presidente, deputados, senadores, governadores. Um pacote de representantes que influenciará o nosso dia a dia por quatro anos.

Passaremos um recibo para que outros decidam sobre as ações que impactarão na nossa vida? O que tememos? Associar a nossa imagem de cidadãos idôneos com um jogo rasteiro, corrupto, oportunista. É, amigos, a política tem isso também porque é feita pelo bem e pelo mal. Mas isso é muito pouco pra alienarmos o nosso direito de decidir.

É redentora a política quando é para o bem-estar coletivo. Assim como desencanta quando interesses individuais e a luta pelo poder a qualquer preço prevalecem. Nessa hora é que temos que entrar em campo, munidos das nossas utopias e persistência, para reforçar o time dos que querem ser co-responsáveis pelo Brasil, São Paulo, Pará, Belém, Almeirim…

Não sei se meu avô defendia essas idéias. Mas ele gostava de dar um palpite, se envolver. Talvez precisemos recuperar essa capacidade de nos sensibilizarmos com a política e reconhecer que é um espaço que precisa ser ocupado e não olhado de esguelha, como um covil de ladrões. Ainda que lá alguns marquem residência. Pena que tenhamos tudo a mão. Talvez um pouco de dificuldade, como ler números atrasados de jornais, fizesse alguma diferença.”

Coutou-me mais, pela manhã, a Rai:

“Escrevi o texto na madrugada e hoje, conversando com mamãe no café, puxei o assunto. Ah, pra quê? Mamãe contou que, no Mazagão, eles não tinham rádio em casa. Ela era pequena e ouvia pelo rádio do vizinho que era inimigo político do meu avô, baratista roxo. Quando vovô João chegava ela tinha anotado tudo o que ouvia no rádio sobre o Magalhães Barata. A mesma coisa era no mercado. Ela anotava pra o meu avô quem falava bem e quem falava mal do Barata.”

Quando recebi isso, hoje pela manhã, lembrei-me de um e-mail que recebi ontem, também pela manhã. A remetente? Vou poupá-la do escárnio, mas trata-se de uma conhecida minha, residente em São Paulo, que enviou o texto que reproduzo abaixo. Fosse apenas isso, me daria pena, apenas. Mas tive um certo medo, pois o lixo vinha com um intróito assinado por ela:

“Eu não sabia. Você sabe?”

Formada, funcionária pública, teve o desplanta de fazer a pergunta que transformou meu risível sentimento de piedade em medo (e não falo do medo-regina-duarte, mas do medo que causa verificar o quão nada informadas são as pessoas a nossa volta). Eis o lixo:

“No caso da Dilma Roussef ser eleita Presidente do Brasil, quem será a pessoa que irá aos Estados Unidos para a fala habitual na Assembléia Geral da ONU, ou para discutir com o presidente americano sobre questões de comércio, por exemplo?

A Presidente não irá, com 100% de certeza.

Então, repito a pergunta: quem irá aos Estados Unidos no lugar dela?

Bem, você deve estar intrigado com esta pergunta meio sem sentido, não é?

Aqui vai a explicação.

Dilma Roussef foi condenada nos Estados Unidos pelo seqüestro do embaixador norte-americano, na década de 60 (Charles Elbrick) juntamente com outras pessoas (por exemplo, Fernando Gabeira).

A pena é bem grande e não há como pensar em liberdade condicional. Lá o crime não prescreve!

A questão secundária é que isto vale para outros 11 países.

Muitos governantes de países periféricos já foram apanhados nesta armadilha e a maioria perdeu o cargo que ocupava, para satisfação da oposição local.

Nós temos uma solução ideal para resolver esta questão: não elegê-la presidente.

Desta maneira ela poderá escolher lugares muito confortáveis para viver o resto da vida como, por exemplo, Havana, em Cuba, ou La Paz na Bolívia, o que resolverá vários problemas: os dela e os nossos.

Portanto, pare de imaginar que é implicância minha quando coloco na internet a folha corrida policial desta senhora, cheia de crimes. Esqueça estes documentos e (se for o seu caso) continue com a sua fé inabalável nas qualidades desta mulher, legítima porta-voz da equipe do Lula da Selva.

Mas se eu fosse você, começava a me preocupar com esta possibilidade. Já pensou se ela resolve fazer uma visitinha àquele cara simpático e ultrademocrático da Venezuela, o Hugo Chávez e, de repente, uma tempestade no Caribe obriga o avião a descer em Miami que fica ali perto? Imagine a encrenca monumental que nem o presidente americano vai poder desfazer!

Bem, talvez você seja um sábio e tenha uma boa idéia para resolver a situação. Por isto volto a perguntar:

Quem vai representar o Brasil nas viagens internacionais aos Estados Unidos e aos 11 países onde ela pode ser presa no próprio aeroporto onde desembarcar?

TENHO CERTEZA ABSOLUTA QUE ESTA, VOCÊ DESCONHECIA!”

Que tal?

Até.

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>COMIDA DI BUTECO – A SAIDEIRA, POR JANIR JUNIOR

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Em seu blog RIO DE CHINELO, Janir Junior, o Guevara da imprensa esportiva, expôs sua visão da festa-maionese promovida pela empresa que promove o festival-Hellmann´s, o COMIDA DI BUTECO. Na íntegra, abaixo:

“Na chuvosa tarde de sábado aconteceu a festa Saideira para anunciar o petisco campeão do Comida di Buteco 2010. A terceira edição carioca cresceu, conseguiu injeção de grana, apoio da Rede Globo, da Hellmann´s, mas, com perdão do pobre trocadilho, eles viajaram na maionese. Da escalação de Eri Jonhson para ser o apresentador até o grave equívoco de anunciar no site e em jornais uma promoção de chope que não existiu, e que certamente ainda trará dor de cabeça para a organização do evento.

Ao contrário do que foi anunciado, o combo com quatro chopes por R$ 16 simplesmente não existia. O chope custou R$ 5 e ponto final. Uma chuva de reclamações e nenhuma explicação. A organização do evento tentou agir rápido, retirou do site o anúncio da promoção, mas já era tarde. Ouvi muita gente falando em processo.

No evento foi possível provar petiscos, mas em algumas barracas dos bares a grande quantidade de pedidos fez com que no fim da festa a qualidade caísse.

Nas duas primeiras edições do Comida, as festas de encerramento foram fechadas, apenas para convidados. No primeiro ano, bela roda de samba com o Samba do Trabalhador, mas cerveja Bohemia quente. No ano passado, a coisa desandou, o local da festa foi alterado, acabou no Centro Cultural Carioca meio no improviso e beirou o fiasco.

Dessa vez, a produção/organização tinha verba bem mais forte, fez a festa aberta ao público com ingressos a R$ 50, mas deixou a nítida a impressão de que não soube ser grande. A escolha do agora louro Eri Jonhson foi um tiro no pé. As gracinhas sem graça não funcionaram. Em certo momento, ele passou a anunciar as atrações e simplesmente parecia esquecer ou não saber o nome de Moacyr Luz, que fez um belo show com o pessoal do Trabalhador.

Mas o grande erro foi quando Eri quis fazer graça com futebol, exaltar o Vasco, seu time de coração, anunciar o resultado do jogo. Ele simplesmente abafou o anúncio dos campeões e ainda criou constrangimento aos bares participantes.

Quando a produção avisou que anunciaria o vice-campeão, a grande maioria presente deu sua resposta a Eri, com irônicos gritos de Vasco. Uma das organizadoras que já falava alto ao microfone teve que gritar para ser ouvida. Quando seria anunciado o campeão, surgiram os gritos de Mengo. Resumo: pouco deu para sentir a imediata reação dos vencedores, o público, pois Eri Jonhson fez o favor de transformar tudo em duelo de torcidas.

E se no meio do caminho tinha uma pedra e um Eri Johson, também tinha uma lanchonete do Bob’s, que faz parte da Cidade do Samba, mas não poderia estar aberta num festival de botequins.

“O local da festa era o ideal, o clima estava bom, mas em um evento de botequins ver pessoas tomando milkshake é absurdo. O erro grave, porém, foi anunciar um combo de quatro chopes por R$16 e dar de cara com a unidade a R$5. Ninguém explicou nada. Se este ano a maionese foi polêmica, o fato de ter obrigatoriedade de um ingrediente no ano que vem também preocupa, pois pode restringir a criatividade”, afirma Rafael Cavalieri.

Em 2011, os bares serão obrigados a escolher um dos seguintes ingredientes: feijão preto, carne seca, farinha de mandioca e laranja.

Ah, ia esquecendo. O vencedor desse ano foi a Petisqueira Martinho, na Ilha do Governador, uma casquinha de siri com requeijão cremoso e maionese dentro.

O Da Gema ganhou o prêmio de melhor invenção com Doritos e o segundo lugar geral do concurso de petiscos. E foi isso. Palmas para os vencedores, vaias para Eri Jonhson e para o combo que não existiu.”

Até.

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COMIDA DI BUTECO – A FESTA SAIDEIRA

Terminou ontem, com a entrega dos prêmios, o festival da maionese Hellmann´s, o COMIDA DI BUTECO. Não fui e não gostei. Mas gostaria – ou eu não teria recebido de um de meus ídolos o epíteto de polemista – de dar meus pitacos.

Ontem mesmo, trocando mensagens com quem esteve na festa, tive a certeza de que o troço foi mesmo um horror, que acabou por coroar com tintas fortes de coerência o equívoco que é (foi) um festival nos moldes propostos pelos organizadores.

Quem foi o apresentador da festa? Eri Johnson, e não me parece necessário prosseguir quanto a isso.

Havia – tirem as crianças da sala! – uma loja do BOB´S (vocês não leram errado!) no espaço que pretendia elevar o nome do botequim.

Ainda há pouco, lendo o blog do Juarez Becoza, deparei-me com três comentários:

“Nome: Raphael Vidal – 18/7/2010 – 20:31

Juarez, apesar da bela festa, absurdo foi a organização da festa não cumprir com a promoção dos 4 chops por R$ 16,00 como dito no site. Alegaram que a promoção só valia para as edições nos outros Estados. No entanto, esta promoção estava divulgada especificamente para o evento de ontem, no Rio de Janeiro. Eu e mais dois amigos tivemos um desfalque de R$ 40 por conta disso. Falta de respeito com o público logo num evento que deveria prezar pela simpatia, cordialidade e honestidade, tanto proclamadas pelos botequins cariocas. Fica a dúvida se vale ir ao PROCON, afinal, também não deram nota fiscal para ingresso e para todo o consumo do evento.”

Acho que vale, Raphael Vidal. Não sei se exatamente no PROCON, mas vale interpelar a empresa. O nome disso é propaganda enganosa. Das mais feias.

“Nome: João Claudio M. Tavares – 18/7/2010 – 23:11

Sei não, hein, Juarez. Primeiro lugar pra um petisco com requeijão e maionese? Num evento que o principal patrocinador é a Hellmann´s isso fica bem esquisito. Tinham pelo menos 5 melhores.”

Também acho, João Claudio. Também acho.

“Nome: José Raimundo Padilha – 19/7/2010 – 10:45

Juarez, queria deixar registrado meu protesto pelo preço de R$ 50,00 por cada ingresso. Eu, e muita gente que conheço, deixamos de ir por este motivo. Minha mulher e eu pagaríamos R$ 100,00 apenas para poder entrar. Não acho isso vantajoso para os bares que querem divulgar seus petiscos para o grande público.”

O preço – convenhamos – é acintoso. Mas é o que menos chama a atenção.

Um festival que incentiva o uso de um salgadinho indutrializado nas receitas para criar um prêmio paralelo, que incentiva o uso de maionese nas receitas que disputam os prêmios, que permite uma lanchonete na festa que encerra a coisa toda, que chama o arroz-de-festa Eri Johnson para ser o apresentador, franca e sinceramente… como bem disse um amigo com quem dividi mesa ontem no fabuloso RIO-BRASÍLIA, o festival já virou piada e não merece ser levado a sério.

Encerro por hoje deixando com vocês a conta do RIO-BRASÍLIA de ontem à tarde. Éramos cinco à mesa.

conta das despesas no RIO-BRASÍLIA em 18 de julho de 2010

E há quem tenha pagado, feliz, R$ 50,00 só pra escorregar na maionese.

Até.

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100 PAÍSES JÁ PASSARAM POR AQUI

Monitorado pelo Google Analytics desde 25 de setembro de 2009, o Buteco atingiu hoje a marca de 100 países visitantes. Os dez primeiros, pela ordem, são Brasil, Portugal, Estados Unidos, Inglaterra, Japão, Espanha, França, Dinamarca, Angola e Alemanha. Clicando na imagem você poderá ver o resto do mundo. Todos os países marcados com variações de verde (que medem a intensidade da quantidade de visitas) já passaram por aqui.

Até.

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>DO DOSADOR

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* Se viva fosse, Elizeth Cardoso completaria, hoje, 90 anos da idade. Eu disse “se viva fosse” e já me corrijo. Elizeth Cardoso, a Divina, está vivíssima – ao menos em mim. Em mim e no panteão sagrado das grandes cantoras brasileiras, ela que foi uma cantora fenomenal, dona de uma voz capaz de imortalizar todas as canções que gravou. Ela, que é do tempo em que as cantoras brasileiras formavam uma galeria que não deixava nada devendo às maiores divas da canção popular do mundo inteiro, e não uma vitrine de sapataria. Usava vestido, não usava cueca. Cantava o amor, não cantava que estava grávida de um liqüidificador. Mas isso deixa para lá. Ergo o copo cheio de chope com espessa espuma à memória de Elizeth Cardoso, que nasceu – diga-se – na rua Ceará, na Praça da Bandeira, coladinha na Tijuca. E fiquem com Elizeth cantando JAMAIS (uma de minhas canções preferidas, entre as 10 mais, fácil!), de Jacob do Bandolim, em gravação ao vivo, feita no Rio de Janeiro. A ouvi pela primeira vez quando ganhei, ainda menino, das mãos de minha avó, o LP duplo, gravado ao vivo no Teatro João Caetano, em 1968, com Elizeth Cardoso, Zimbo Trio e Jacob do Bandolim.

* a cada vez pior coluna GENTE BOA, d´O GLOBO, lança luzes, hoje, sobre dois anti-gente-boa: José Serra e Diogo Mainardi. Vai moldando, assim, cada vez com mais perfeição, a cara desde sempre lastimável daquele pedaço do SEGUNDO CADERNO do jornalão;

* algum comentário sobre quem se denomina “butecólogo”? Tsc;

* hoje é sexta-feira, e como vocês sabem sexta-feira é dia de debate político do PSOL no Buraco do Lume (ou na Praça Mário Lago, como prefere o vereador Eliomar Coelho). Lá estarão os candidatos do PSOL cercados entre si. É sempre assim: alguém sobe no caixote de madeira (não, não é piada, o palanque do PSOL é um samaritano caixote de madeira chamado carinhosamente pelo apresentador do debate de “esse banquinho” – se duvidam, vejam aqui) e fica discursando (eles preferem “debatendo”) para os próprios pares – não há platéia. Como me disse uma vez o Felipinho Cereal em inspirada comparação, os passantes tratam o negócio com o mesmo desprezo com que tratam os pastores do apocalipse que gritam sozinhos pelo Largo da Carioca;

* em compensação, hoje tem caminhada com Lula e Dilma Roussef, da Candelária à Cinelândia, a partir das 16h. É a onda vermelha, como vem sendo chamada a caminhada pelos organizadores. Eis-me aqui, escrevendo diante do monitor, de vermelho da cabeça aos pés;

* faço aqui, publicamente, um mea culpa. Ou, se preferirem, uma espécie de pedido de desculpas. Antes, um pequeno intróito: acho, mesmo, que o PSOL (uma de minhas obsessões), está cheio de homens de boa vontade, com boas intenções – mas no lugar errado (e creio ser desnecessário fazer qualquer maior comentário). Marcelo Freixo (um dos mais atuantes e importantes deputados estaduais do Rio de Janeiro) é um deles, o menino Tiago Prata é outro, e por aí. Hoje, fuçando o YOUTUBE, deparei-me com uma faceta do candidato a deputado estadual Mozart Noronha que eu desconhecia. Como não vejo saída além da educação (e por isso, também, minha aguda saudade de Leonel Brizola, de Darcy Ribeiro), comoveu-me, franca e sinceramente, esta entrevista do pastor do PSOL. Aqui;

* já tenho definidos alguns de meus votos, e os declaro: Dilma Roussef para presidente; Lindbergh para o Senado (ainda a decidir o segundo voto); Brizola Neto para deputado federal; nulo para governador; e Cidinha Campos para o cargo de deputado estadual;

* recebi dezenas de e-mails perguntando sobre as receitas do III Rali realizado na mansão dos Zampronha, no sábado passado, de frutos do mar, coroado com uma paella valenciana que ficou – sem modéstia – espetacular. Mas vou ficar devendo. Além de não ter feito as fotos, como de costume, preparamos o prato, eu e a Sonia, com um leve receio de que não desse certo. Ledo engano. Ficou absurdamente bom. Quando repetirmos – e não tardará – prometo publicá-la.

Até.

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>DO DOSADOR

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* Estive ontem à noite, para Flamengo e Botafogo, no RIO-BRASÍLIA, buteco encravado na rua Almirante Gavião, na Tijuca (onde mais?), renascido das cinzas graças ao Jorge, que à moda de Moisés, devolveu ao povo a terra prometida surrupiada pela sanha dos ex-donos que abriram uma lanchonete ao lado. O buteco, reaberto oficialmente no sábado, vai aos poucos ganhando a cara do novo dono sem qualquer espécie de belmontização. Na companhia de dois amigos, vi a conta ser cobrada: inacreditáveis R$ 37,50 por 8 garrafas de Brahma, meia porção de carne assada, 5 salgados, três sardinhas (foto abaixo) e 2 caldinhos de feijão.

sardinhas do RIO-BRASÍLIA

Já disse e repito: não torço, em absoluto, pelo insucesso dos ex-donos. Mas foi engraçado ver um deles, na calçada, com cara de pároco diante da igreja vazia, observando a pequena multidão que se espremia naquele canto sagrado da rua;

* foi importante, sob todos os aspectos, a vitória do Flamengo sobre o Botafogo ontem à noite no Maracanã. Sob o impacto do crime que envolve o ex-goleiro Bruno, explorado de forma suja por grande parte da imprensa que tentou, de forma intolerável, unir o goleiro, o crime, o clube e a torcida no mesmo balaio, o time portou-se bem – aquém do que se espera de quem almeja o título mas além das minhas expectativas – e conquistou mais 3 pontos importantíssimos. Agora é torcer por mais uma vitória no domingo, fora de casa;

* sábado acaba, oficialmente, o festival COMIDA DI BUTECO 2010 aqui no Rio de Janeiro. Com ingressos vendidos a proibitivos R$ 50,00 (só a entrada), o festival que escorregou na maionese promete que “lá dentro todos os petiscos custarão R$ 10, o chope da Brahma custa R$ 5, o copo de 400ml, e na promoção chamada combo, 4 chopes custam, R$16”. Mais furada que isso, impossível;

* ouvi ontem, de um de meus psiquiatras-de-bolso, a seguinte frase, e tecia ele comentários ao texto que fiz publicar ontem mesmo, aqui:

– A pior raça que há é a tijucana. O cara sai pelo mundo e fica com saudade da Tijuca?! Inadmissível!

A Tijuca, disse o bardo Aldir Blanc, não é um estado de espírito, é um estado de sítio. Ou compreende-se a grandeza disso, dessa frase, ou não há condições, mesmo, de se entender o Felipinho.

Até.

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>EXTRA TIJUCA NULLA SALUS

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Fora da Tijuca não há salvação. A frase, que encerra uma verdade insofismável, reiteradas vezes dita (e escrita) por Danilo Medeiros*, exilado em São Paulo (mais precisamente no Brooklin Velho), é, na minha humílima e tijucaníssima opinião, de fato incontestável. Vejam vocês.

Meu queridíssimo Felipe Quintans, o espanhol Felipinho Cereal, está, desde o sábado passado, passeando pela Europa, um sonho que o tijucano acalenta desde o berço. Foi passar as férias por lá na companhia de mais de duas dezenas de Quintans, aos quais se refere, carinhosamente, como “galegada”. Serão exatos 30 dias de férias, de merecidas férias. O roteiro inclui a França, a Holanda, a Bélgica, Portugal e a Espanha.

Eis que tenho recebido, com inesperada freqüência (afinal imagina-se que alguém, flanando noutro continente, tenha pouco tempo para essa prática), mensagens pelo celular, por e-mail e mesmo pelo twitter denunciando um sofrimento agudo por parte do Felipinho. Agradecendo o envio que fiz de fotografias da parcela da família Quintans que ficou no Rio no dia da final da Copa, ele disse: “Belas imagens com minha família, obrigado. Que saudades da Tijuca. Paris não chega nem aos pés.”. E sempre por aí.

É o que eu queria lhes dizer. O cara está em Paris, diante da Torre Eiffel e tem saudade da escultura dos cachorros da praça Afonso Pena. O sujeito entra no Louvre e gane de saudade do museu da Quinta da Boavista. Pisa em Amsterdam, atravessa um dique qualquer e tem a visão do rio Trapicheiros. Visita o bairro da luz vermelha e chora lembrando da Vila Mimosa. Na Bélgica, com uma trapista nas mãos, lembra da casco-escuro do BAR DO MARRECO. Em Portugal, lamenta a distância da CASA DA VILA DA FEIRA E TERRAS DE SANTA MARIA. E na Espanha, mesmo entre os parentes nativos, tem alucinações pensando na casa de pedra da Almirante Gavião, verdadeira embaixada da Espanha na Tijuca.

É na Tijuca, meus poucos mas fiéis leitores, que reside o que há de mais bacana e bonito no Rio de Janeiro. Há o subúrbio, é claro, que também me comove. Mas a Tijuca é mais: a Tijuca concentra a informalidade da beira da praia sem a inconveniência da maresia que corrói os eletrodomésticos, a suprema elegância da solidariedade que reina no mais recôndito subúrbio, a fofoca lancinante que rasga biografias, a fé brasileira que une católicos, espíritas, macumbeiros, judeus ortodoxos, protestantes e evangélicos numa única rua (e mais de uma, e mais de uma!), a sobriedade dos melhores restaurantes, a simplicidade dos botequins mais vagabundos, e as moças – as moças… – mais bonitas do Brasil.

Sobre isso, sobre as moças, um testemunho.

Bebia eu, em meados de 1999 – eu havia acabado de me separar – na companhia de meu velho pai, de Aldir Blanc e do mestre do traço, Lan, num buteco pé-sujo na Conde de Bonfim, próximo à rua Garibaldi. Cerveja pra lá, conhaque pra cá, traçado pra lá, limão da casa pra cá, disse o Lan, vendo passar uma normalista, com seu sotaque inconfundível:

– Aldir, as pernas mais bonitas do Brasil estão na Tijuca.

Deu mais um gole. E fez a emenda:

– As pernas, só, não. As moças, Aldir, as moças…

Até.

* a frase reiteradas vezes dita por Danilo Medeiros é, em nome da verdade, “a Tijuca é a única saída”.

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