Arquivo do mês: abril 2007

O ESPELHO DO BANHEIRO

Escrevo a pouco mais de 24h de meu aniversário de 38 anos (escrevi 38 anos e ecoou, atrás de mim, a gargalhada estrepitosa do Prata, menino de 87).

Se você é velho como eu há de se lembrar da mulher loura, um fantasma. A mulher loura, com algodões nas narinas, que assombrava os alunos dentro dos banheiros das escolas. Sua imagem surgia no espelho e ficava a repetir “Belmel, Belmel, Belmel…”. Caso você não saiba do que falo, leia mais aqui.

Falei da mulher loura apenas para falar do espelho do meu banheiro.

Breve pausa para uma explicação necessária: Dani, minha Sorriso Maracanã, está viajando a trabalho. O que significa dizer, por óbvio, que estou sozinho em casa com o Pepperoni. E eu, que sou um poltrão olímpico, ando para lá e para cá, dentro de casa, convocando sempre a companhia do meu personal vira-latas. Estar sozinho em casa, e saber, de antemão, que acordarei sozinho no dia de meus anos, que é amanhã – não custa repetir -, é, para mim, um troço rigorosamente deprimente. Deprimente e desanimador, eis que a primeira coisa que farei amanhã, ao levantar, será escovar os dentes. E por que desanimador?, vocês me perguntam. E eu responderei.

Fui, hoje, escovar meus dentes.

A mulher loura não estava lá, evidentemente. A mulher loura só aparece em banheiros de colégios, escolas, cursinhos. Quem estava lá era meu próprio fantasma, como já lhes adiantei ontem, leiam aqui.

E me submeti ao ritual humilhante de, com a boca cheia de espuma, ficar ouvindo, em silêncio quebrado apenas pelo atrito das cerdas da escova com meus dentes, palavras que me machucam:

– Velho! Múmia! Caduco! Arruinado! Senil!

Em som surround, como se meu banheiro fosse equipado com o mais moderno sistema de home theater, no mais alto volume, a gargalhada do Prata.

Falei em Prata e quero lhes contar uma coisa. Bateu-me o telefone, ontem à tarde, o meu caçula. Foi brevíssimo:

– Quantos anos você faz depois de amanhã?

– Trinta e oito.

Esperei uns quarenta, quarenta e cinco segundos de ruidosa risada.

– A Luísa faz 19.

E desligou.

Notem que sofro às vésperas de meu aniversário. Amanhã, aliás – desculpo-me desde já -, nada escreverei aqui. Antevejo que acordarei amaríssimo.

Minha coluna range, meu osso-do-pai-joão (que na zona sul neguinho chama de cóccix) dói de forma aguda, sofro de ptose parcial na pálpebra direita, estou pesado feito um paquiderme, tusso com uma regularidade de sino beneditino, tenho doída saudade dos meus que já partiram, e ajudando a piorar tudo, Fernando Szegeri, o maior ser humano de nossa época, a quem devoto amizade, dedica-se a me humilhar com requintes crudelíssimos.

Eu disse ajudando a piorar porque nada pode ser pior do que acordar, e justo no dia 27 de abril, sem a minha garota a meu lado.

Até.

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EU, COADJUVANTE

(ou CONVITE PÚBLICO PARA ANIVERSÁRIO)

Caso vocês leiam Abril, o mês cruel (aqui), Tema de todo abril (aqui), A espiral – parte I  (aqui), A espiral – parte II (aqui) e A espiral – parte III, final (aqui), perceberão o que foi meu abril no ano de 2006.

Perceberão o que foi meu abril no ano de 2006 e por isso perguntarão:

– Onde a dor neste abril de 2007?

E eu, sincero:

– Em mim.

Tava demorando.

Acho, pensando agora enquanto escrevo, que eu não dei foi tempo pra sentir a pegada de abril.

Agora pela manhã, a 48h do dia 27, quando cravo 38, no instante em que fui escovar os dentes – vejam que horripilante – minha imagem no espelho vaiava a mim mesmo de maneira ultrajante. E gritava:

– Velho! Múmia! Idoso! Decrépito! Candidato a cemitério! – e ainda havia a trilha incidental, a gargalhada estridulosa do Prata.

Parei de escovar os dentes.

E eu – ou minha imagem, confesso que fiquei confuso – não parava com a auto-imolação sonora e gestual. E a gargalhada só fazia aumentar. E eis-me aqui, sem coragem para acabar de escovar os dentes, fazendo essa confissão patética.

Mas não estou aqui apenas para isso.

Estou aqui, precipuamente, para dizer a vocês que – prestem atenção! – Fernando Szegeri, esse mito brasileiro, o maior ser humano de nossa época, está chegando ao Rio de Janeiro depois de amanhã, 27 de abril, justamente o dia de meu aniversário (meu aniversário e aniversário, também, de minha nora, se é que vocês me entendem).

E Fernando Szegeri vem, mas não vem sozinho. Vem com a família toda: a doce Stê, de quem gosto mais a cada dia, minha querida afilhada Iara, sereia de meus rios, Rosa, coisiquinha que está com menos de seis meses de idade mas que é amada de maneira desonesta, e dona Cecília, mãe do meu mano paulista, e que por isso merece todas as homenagens possíveis e imaginárias: foi em seu ventre que foi gerado o Pompa.

Daí dirão vocês:

– Puxa… Vem só para o seu aniversário?

E eu respondo de primeira:

– Cheguei a pensar que sim. Mas é evidente que não!

O Szegeri, que trabalha numa repartição pública e que cuida com denodo de sua família – talvez sejam suas duas principais ocupações – dedica-se, com igual ou maior afinco, a me humilhar de maneira intensa e permanente.

Bateu-me o telefone na semana passada:

– Edu?

– Ô, querido…

– Estou indo praí no dia 27…

Eu, comovido:

– Puxa…

– Mas não tem nada a ver com seu aniversário, idiota. Vamos tocar no Trapiche Gamboa no dia 29 e eu preciso chegar antes para acertar uns ponteiros.

E desligou.

Isso significa dizer, meus poucos mas fiéis leitores, que dedicarei o dia 27 de abril, quando o Tempo gritará em meus ouvidos durante todo o dia – “velho! velho! velho!” – ao convívio com a família. Reunir-me-ei com meus pais, meus irmãos, minha avó, minha cunhada, minhas sobrinhas e meus sogros, no Alto da Boa Vista, numa espécie de ensaio geral para o meu velório, já que sempre – eu disse sempre -, desde que fiz 30 anos, tenho certeza absoluta de que estou comemorando o último aniversário.

Mas no dia 29 de abril, domingo, estarei no Trapiche Gamboa, na rua Sacadura Cabral 155, na Gamboa, evidentemente, a partir das 19h, comemorando, pela segunda vez (quando a gente acha que é o último tem que aproveitar bem), a passagem dos meus 38 anos.

E lá, ele, o mito, Fernando Szegeri, comandando a roda de samba com os Inimigos do Batente, diretamente de São Paulo. Dorina é a convidada deles. E meu garoto, Tiago Prata, gênio da raça, o convidado especial, fazendo chover e ventar com seu 7 cordas.

Quero ver vocês todos lá.

Mas notem que lindo: você percebe que não é ninguém quando consegue a proeza de ser coadjuvante na festa de seu próprio aniversário.

Até!

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>E TUDO SE ENCAIXA…

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Quando eu escrevi, no dia 20 de abril, sexta-feira passada, esse texto aqui, escrevi sobre o Botequim Informal:

“Este é, na minha opinião, o site mais nojento, o mais podre, o mais escroto, o mais abjeto, o mais anti-buteco.

Só vocês lendo, que eu não vou nem reproduzir. Mas dêem um pulinho no link TAXAS, e fiquem sabendo que com R$90.000,00 você pode se filiar à rede, “adquirir os conhecimentos prévios de instalação e planejamento de uma unidade de franquia e pelo direito de uso da marca por um tempo determinado”!!!!! E mais! E mais! (mais dinheiro, é claro) Cinco por cento do faturamento bruto de cada unidade é repassado aos franqueadores (os investidores que posam de donos de buteco na imprensa vendida) a título de royalties mensais. E um por cento desse faturamento vai para… vai para…

o fundo de propaganda! Maravilha! Vamos em frente.”

Os grifos são meus. A nojeira que envolve fundo de propaganda, agência contratada e a imprensa, é deles, investidores donos do negócio.

E vejam o que o JB publicou ontem:

publicado no JB de 23 de abril de 2007
Que tal?

Até.

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>E SALVE O SACI-PERERÊ!!!

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Os amantes do futebol – sou um deles – vibraram, na semana que está prestes a terminar, com o golaço feito pelo Messi, jogador argentino que defende o Barcelona, em jogo pelas semifinais da Copa do Rei, contra o Getafe. Foi, de fato, um gol antológico, quase-idêntico (ou idêntico como querem alguns) ao gol de Maradona contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986. Deve-se comemorar tudo: a vitória do drible, acima de tudo, uma das razões do futebol e um de seus momentos mais sagrados, e a coincidência entre os dois lances (que tem dois argentinos como protagonistas) que pode soar aos supersticiosos – como eu – como um capricho dos deuses do futebol. Ou de um deusinho só. Acompanhem.

É que algo me comoveu ainda mais no curso da semana no mundo do futebol.

Num tempo em que pululam jogadores que comemoram seus gols levantando suas camisas e exibindo outras com dizeres como “ESSE GOL É PRA JESUS”, “SÓ JESUS EXPULSA O DEMÔNIO DAS PESSOAS” e outras merdas congêneres; num tempo em que virou moda entre jogadores e goleiros – como o Bruno do Flamengo, o que me entristece profundamente – o gesto de erguer os braços em direção ao céu com os indicadores para o alto, seguido de uma expressão contrita e de falas em tom de súplica; num tempo em que times inteiros, durante as cobranças de pênaltis, se ajoelham pateticamente; num tempo em que a tradicional corrente entre os onze guerreiros antes do início do embate deixou de ser para o “vamo lá, porra!”, “sangue, caralho!”, “vamo atropelar, cacete!” para dar vez ao “em o nome do Senhor”, “se Deus é por nós quem será contra nós?”, esses troços; num tempo em que no lugar do hino do clube vencedor, após a conquista do título, times inteiros cantam hinos religiosos e orações estranhíssimas; num tempo em que o fair play (a sentença de morte do futebol) se sobrepõe à malandragem, enfim, é de se louvar o gesto sacana do sacana Fábio Saci, do Bahia, que no jogo contra o Fluminense, pela Copa do Brasil, comemorou seu gol, como faz costumeiramente (mas pela primeira vez no Maracanã), pulando numa só perna com um gorro vermelho.

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Salve o Saci-Pererê que, como dizia o Tio Barnabé, “não faz maldade grande, mas não há maldade pequenina que não faça”.

Em tempos de trevas no futebol, um corropio de vento e luz.

Desconfio, aliás, que o negrinho andou aprontando das suas durante o jogo do Barcelona…

Até.

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>QUATRO BARES-DE-MERDA

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Hoje trago para vocês um troço entre o trágico e o hilariante (estou discursando como um feirante imaginário, gritando bem alto dentro do ouvido do prefeito da cidade de São Paulo (minúsculo), ex-cambono do Pitta (sem o negrito), que pretende, com um decreto-de-merda, calar os vendedores da feira livre, mais detalhes na semana que vem).

Para dar cores de ainda mais coerência a esse meu odioso discurso contra os bares-de-merda que empesteiam a cidade (assim como o prefeito de são paulo empesteia a cidade de lá com suas idéias-de-merda), eis o site dos quatro lixos. E acompanhem (ordem alfabética):

BOTECO BELMONTE

Vamos a trechos nojentos do site:

“Tradicional boteco berço da boemia carioca desde 1952, cresceu, apareceu e abriu cinco filiais: Leblon, Ipanema, Jardim Botânico, Copacabana e atualmente o último lançamento, Lapa, primeira fora da Zona Sul da cidade. A primeira casa da rede, no Flamengo, comprada por Antonio foi reaberta em 2002. O Flamengo voltou a ter em sua orla o nobre e tradicional espaço para chope, bate-papo e petiscos. Tomar chopp em pé na calçada se tornou um verdadeiro hábito entre os freqüentadores do boteco.”

Vejam como mentem! O Belmonte de 1952 NADA TEM A VER com essa merda em que se transformou o negócio comandado pela – dizem – máfia espanhola. E ainde se contradizem! Porra… se era, desde 1952, tradicional boteco da boemia carioca desde 1952, como pode ter o Flamengo ter voltado a ter em sua orla o nobre e tradicional espaço etc etc etc?

Mais mentira com cara de novidade pra enganar otário?

“A última novidade do Boteco Belmonte é o chopp em caldereta que contém alguns mls a mais para matar a sede do grande calor do Rio de Janeiro.”

Que novidade, hein?! Digam vocês… Antes desse lixo… Vocês sabiam o que era chope em caldeireta? (com “i”, eles não sabem nem escrever)

BOTEQUIM INFORMAL

Este é, na minha opinião, o site mais nojento, o mais podre, o mais escroto, o mais abjeto, o mais anti-buteco.

Só vocês lendo, que eu não vou nem reproduzir. Mas dêem um pulinho no link TAXAS, e fiquem sabendo que com R$90.000,00 você pode se filiar à rede, “adquirir os conhecimentos prévios de instalação e planejamento de uma unidade de franquia e pelo direito de uso da marca por um tempo determinado”!!!!! E mais! E mais! (mais dinheiro, é claro) Cinco por cento do faturamento bruto de cada unidade é repassado aos franqueadores (os investidores que posam de donos de buteco na imprensa vendida) a título de royalties mensais. E um por cento desse faturamento vai para… vai para…

o fundo de propaganda! Maravilha! Vamos em frente.

CONVERSA FIADA

Essa merda desse estabelecimento é o que mais cara de empresa tem. Está em construção a porra do site deles. Mas eles disponibilizam os endereços das filiais-de-merda e os emails da equipe (pausa para vomitar), sempre com a extensão @conversafiadabotequim.com.br

São eles: marketing, eventos, financeiros, compras, rh e sugestões.

Na boa? Vão tomar no cu, porra!

RH em buteco? Não fode! E vamos à última merda.

DEVASSA

Esse não tem porra nenhuma, mas dá o endereço de 11 filiais.

E tenham todos um bom final de semana!

Até.

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>É HOJE! É HOJE! É HOJE!

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Estréia hoje, finalmente – e oficialmente, já que o BUTECO cumpriu seu papel com o furo de notícia que foi anunciar o troço com alguns dias de antecedência! – o BOTECO DO TULÍPIO.

E com vocês, o folder espalhado pelo UOL, hoje, para milhões de usuários no Brasil inteiro! E vejam onde fomos parar eu e meu irmãozinho Luiz Antonio Simas… Clique na imagem e divirta-se!

BOTECO DO TULÍPIO

É como dizia o avô do Simas:

– Se tudo der certo, vai dar uma merda…

Até!

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>PARECE DEBOCHE!

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Já, já, eu mando o texto de hoje.

Mas passando a vista, como de praxe, no jornal digital de O GLOBO – que a cor do meu suado dinheiro eles não vêem mais – eu não pude resistir a expôr o que parece ser, sem sacanagem, um tremendo deboche da turma da coluna do Ancelmo Gois, composta por dez mãos.

Mais grave do que errar, uma coleguinha deles plagia, como eu provei aqui.

Eles mesmos, há uns dias, erraram feio quando ressuscitaram a Rainha Mãe, aqui.

Não satisfeitos, ressuscitaram, logo em seguida, o João Nogueira, aqui.

Hoje, então, numa tremenda caradura, publicam a seguinte nota, e o grifo é meu, evidentemente:

nota publicada no jornal O GLOBO de 19 de abril de 2007

Dá-lhe, ética!

Até.

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>FALTA DE ÉTICA É ISSO

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Desde o dia 25 de janeiro de 2007 que o jota (minúsculo e sem negrito, de propósito) não fazia de sua coluneta outdoor (a que preço?) para os bares-de-merda que, como câncer, se espalham pela cidade. Mas antes de mostrar a vocês a última do empregado de O GLOBO, que irá à FLIP coordenar uma oficina de crônica (com licença, vou vomitar, entenda aqui o por quê), quero expôr – é sempre um prazer – mais uma vez, o modus operandi desse homúnculo, que nesse específico episódio age como um rato sinalizando para os urubus o surgimento da carniça. Acompanhem e vejam se não é um nojo a aguda ausência de ética do indigitado.

Há exatamente uma semana, no dia 11 de abril de 2007, o jota praticamente deu, em destaque absoluto (90% do espaço da coluna, eu diria), voz a um desabafo (justo, friso) do ator Eduardo Moscovis, cujos trechos principais transcrevo abaixo:

destaque da coluna ´Gente Boa´, de O GLOBO, de 11 de abril de 2007

“Esse é um documento-desabafo, um pedido de ajuda, uma denúncia e/ou simplesmente um relato. Não quero parecer egoísta nem alheio a nossa crítica realidade, por isso peço que sejam tolerantes se acharem que o que me angustia é pouco ou de menor relevância diante de tantas barbaridades, injustiças e impunidades. Necessito compartilhar esse momento publicamente. Aliás, é sobre esse termo e suas várias interpretações que gostaria de discutir: o que é ser público? Aparecer em milhões de aparelhos de TV me torna pessoa reconhecida publicamente, mas o que isso quer dizer exatamente? Que devo acatar qualquer tipo de abordagem, educada ou não, a qualquer momento? Como devo agir quando percebo estar na mira de celulares com câmeras de altíssimo alcance e refinamento tecnológico? ´Tu não é público? Paga esse preço´, costumo ouvir. (…) Mas as revistas especializadas (nisso?) oferecem um cachê (ou seria uma recompensa?) caso você, ´mortal comum´, ao se deparar com um desses que são públicos (e são cada vez mais), bata uma foto. Essas revistas estimulam um comportamento furtivo, invasivo e desrespeitoso, incitando os leitores a serem um “paparazzi” também. Como distinguir quem é o fã? (…) Há pouco mais de um mês fui interceptado pelo meu vizinho dos fundos. Ele me contou ter sido abordado por fotógrafos, que lhe ofereceram dinheiro para deixar que fotografassem o quarto das minhas filhas e do bebê que vai nascer. (…) Devo ainda fechar as cortinas, ficar enclausurado porque pode ser que haja em algum apartamento próximo alguém empenhado em expor minha família? Dentro da minha casa? Podem me fotografar com minhas filhas em qualquer lugar sem autorização? Podem mostrar o rosto delas? Mesmo menores? EU sou a “celebridade” e não elas!!! (…) Já que eu não tenho direito ao pacato ir e vir, que elas tenham. Que haja uma proteção para isso e que respeitem os cidadãos que por algum motivo trabalham na TV, cinema, teatro, mas que não optaram/compactuam dessa maluquice sem limite que virou as nossas (de todos nós) vidas. Aproveito para agradecer aos vizinhos que me alertaram e peço aos outros que não cedam a esse assédio desqualificado e desonroso. EDUARDO MOSCOVIS ou apenas Du.”

E o que faz hoje, meus poucos mas fiéis leitores, esse homúnculo? Como age, uma semana depois, em relação a Eduardo Moscovis e ao episódio em questão? Sinaliza, como um rato – quero repetir de propósito a imagem – aos urubus que alimentam a tal indústria alvo da queixa do ator o nascimento de sua filha, de madrugada, faltando com a ética, com o respeito, com a coerência, num ato de descompostura que, fosse o jornal um troço sério, acarretaria um pito público ou até mesmo a demissão, tamanho o grau da nojeira do gesto rasteiro.

Agora vamos ao trigésimo quarto atentado desse mesmo homúnculo contra a mais cara tradição carioca, o buteco.

Desde 25 de janeiro de 2007 (mudança de estratégia por parte das assessorias de impresa desses bares-de-merda?) que o jota não citava um único lixo desses.

Hoje – timidamente, é verdade – anuncia (a que preço? – não custa repetir) a inauguração de mais uma filial do Botequim Informal, no Rio Design, na Barra (com licença, vou vomitar mais uma vez).

Aproveitando o gancho – que deve sempre render mais… – anuncia a inauguração de uma champanharia na Rua do Mercado, no Centro da cidade. Pelo nome – The Line – deve ser uma merda sem precedentes.

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Até.

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AVESTRUZ NA CABEÇA

Estou, agora à noite, mais que nunca, com o desejo da auto-exposição no ápice (e tanto é verdade esta pequena confissão que eu, pela primeira vez, escrevo à noite para o BUTECO). Mas isso é, eu penso, uma maneira de combater a profunda depressão que me abate desde o instante em que abri, no final da tarde, um email que me foi enviado, como resposta a um meu, enviado logo pela manhã, pelo Szegeri.

Meu email foi longo. Nele eu relatei, minuciosamente, as mazelas que me incomodam desde a madrugada da segunda-feira, frutos, seguramente, dos excessos do final de semana. Não vou aqui abusar da paciência de vocês transcrevendo na íntegra minha mensagem dirigida ao portentoso Szegeri. Mas quero lhes dizer, faço questão de lhes dizer, que o email é composto de cinco, eu disse cinco, laudas (imprimi o email para que eu pudesse ser preciso do início ao fim, como sempre).

E eis a resposta do meu irmão paulista:

“Um dia a casa cai.”

Fiquei numa alegria – estou sendo irônico, é evidente – que vocês nem podem imaginar.

Para aplacar a tristeza, afastar a depressão, combater o abatimento, preparei para minha Sorriso Maracanã um prato que jamais havíamos comido, ambos.

Um jantar, eu diria, básico, não fosse pela carne (a porção inédita do prato), que a minha garota come assim diariamente, melhor, muito melhor, que em muito restaurante por aí: arroz branco, aspargos frescos e filé de avestruz com molho de cebola, alho e cheiro-verde.

arroz branco, aspargos frescos e carne de avestruz
É meu palpite pra amanhã: avestruz, na cabeça.

Até.

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BOTECO DO TULÍPIO

Eu fechei esse texto aqui, com a seguinte frase:

“Eu espero ter novidades pra contar em breve. Torçam. E aguardem.”

Pois bem.

Abre amanhã, dia 18 de abril de 2007, o BOTECO DO TULÍPIO, buteco virtual e criação dos dois malucos de quem já lhes contei, meu xará Eduardo Rodrigues e Stocker.

logotipo do BOTECO DO TULÍPIO

E daí? – perguntam alguns de vocês, ouço daqui.

E daí que eu, ao lado do meu irmão querido, Luiz Antonio Simas, tenho – vamos ver até quando – mesa cativa no salão do buteco do Tulípio, tremenda figura.

O lançamento será amanhã, no portal de humor do UOL, aqui.

O endereço do site é esse aqui.

Nossa mesa, a de número 1, fica aqui, e a gente estréia reproduzindo a entrevista que fizemos com o João Bosco. Além disso, tem o meu texto de estréia, aqui, e o do Simas, aqui.

Agora, vocês querem saber minha maior alegria?

(só não sei quanto tempo vai durar)

O site nasceu da revista do Tulípio, criação dos dois malucos já citados. E a revista já é distribuída aqui no Rio de Janeiro em alguns bares.

Quais? – perguntem.

Eu digo: Rio-Brasília (Tijuca), Farani, Belmonte (JB, Flamengo e Ipanema), Devassa (Flamengo), Plebeu (Botafogo), Conversa Fiada (JB), Informal (JB e Leblon), Tô nem Aí (Ipanema), Clipper (Leblon), Cobal (Leblon), Desacato (Conde Bernadote), Pizzaria Guanabara, Jobi e Baixo Gávea.

Aí vocês pensarão… e agora?

E agora eu vou me valer da borduna imaginária com muito mais gana.

Aguardem!

Até.

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