Arquivo do mês: novembro 2009

>DO DOSADOR

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* não tenho a menor paciência para discutir política aqui no BUTECO. Terreno fértil para discussões sempre muito acaloradas, a política, quando discutida pela internet (valhacouto para covardes de plantão e anônimos cheios de falsa coragem) é extremamente cansativa, razão pela qual nunca (ou quase nunca) falo de política por aqui, salvo quando para defender, com veemência, o governo de Luís Inácio Lula da Silva, um grande estadista, ainda que digam o contrário por aí. Na sexta-feira, conversando com Leo Boechat, o assunto – política – veio à mesa e chegamos a conclusões que, sei, serão motivo de muita controvérsia. Mas quero dizer a vocês, meus poucos mas fiéis leitores, que muito me orgulha a posição que alcançamos diante do mundo, muito por conta do carisma e da competência do Lula e de seus homens de confiança no terreno da diplomacia, e refiro-me notadamente a Marco Aurélio Garcia e Celso Amorim. E que não entendi, sinceramente, a grita em torno da recente visita de Estado do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil. Os mesmos que espernearam por conta da visita esperneavam quando o governo brasileiro, comandado pelos porcos militares que nos subjugaram por mais de 25 anos, era recebido pelo mundo afora? Os Estados Unidos da América, que além de tudo financiaram e coordenaram muitas das ações do governo ditatorial brasileiro, deveria repelir qualquer aproximação com o Brasil por conta da vergonha que eram as torturas e os assassinatos aqui cometidos? A mesma falta de paciência eu tenho, agora, com relação a Honduras. Estou, sem parar muito pra pensar, com Lula: “Então, minha opinião é que o Brasil não tem que reconhecer (a eleição). O Brasil manterá a posição porque não é possível a gente aceitar um golpe, seja ele militar, seja ele disfarçado de civil, como foi o golpe de Honduras.”;

* já li hoje diversas pessoas, na imprensa e mesmo na blogosfera, dizendo que o nível do Campeonato Brasileiro é baixíssimo, que o futebol jogado pelos clubes brasileiros é sonífero e medíocre, que isso, que aquilo, que aquil´outro, blá-blá-blá. Isso pouco importa. É o Campeonato que temos, são os clubes que temos com os jogadores que temos e o que importa é que no próximo final de semana conheceremos, todos, o campeão de 2009. Uma das coisas que sempre mais me importou, mesmo, no futebol, foi o componente da emoção. E emoção não tem nos faltado. Emoção que é, diga-se, diametralmente oposta à frieza dos números que a imprensa insiste em divulgar. Alguém realmente se interessa por saber quais (e se fia nas) possibilidades matemáticas vira-e-mexe divulgadas pelo matemático Tristão Garcia? O Flamengo tinha, há algumas semanas, 1% de chance de ser o campeão. O Fluminense, 99% de chance de ser rebaixado. Ou seja, uma besteira olímpica e extremamente irritante. Quando é que vão parar com isso?;

* conforme o esperado, a rodada de ontem foi teste para cardíaco, literalmente. Vamos a algumas palavras sobre ela. Em primeiro lugar, loas para Diego Souza, do Palmeiras. Seu gol já está inscrito na galeria dos mais impressionantes que já vi (vejam os gols aqui). Vencendo o Atlético Mineiro por 3 a 1, o Palmeiras ocupa hoje a terceira posição e tem, ainda, condições de sagrar-se campeão no domingo que vem, quando o país vai parar para ver e ouvir a eletrizante última rodada do Campeonato Brasileiro;

* o Goiás derrotou o São Paulo (que ocupa hoje a quarta colocação) por 4 a 2 pondo por terra, de vez, a papagaiada sobre a “mala branca” que teria recebido pra fazer jogo duro contra o Flamengo na semana passada (vejam aqui os gols da partida);

* o Fluminense, responsável pela mais impressionante campanha do Campeonato Brasileiro – é, de fato, emocionante a reação do tricolor das Laranjeiras! – goleou o Vitória por 4 a 0 (vejam aqui os gols da partida) e manteve mais-que-acesa a chama da esperança de fugir do rebaixamento. Mais que isso, contrariando minhas expectativas, demonstrou uma gigantesca capacidade de superação depois da derrota sofrida em Quito, na quarta-feira passada, fazendo com que seja possível sonhar com a conquista da inexpressiva Copa Sul-Americana na próxima quarta-feira no Maracanã. Precisando golear a LDU, duvido que alguém seja capaz de dizer, hoje, que o Fluminense não conquista a Copa. Teremos, todos, um belíssimo aperitivo na quarta-feira que antecede a rodada final do Campeonato Brasileiro;

* o Internacional venceu o Sport na Ilha do Retiro por 2 a 1 e chegou à vice-liderança, atrás do Flamengo, dependendo de um tropeço do rubro-negro que enfrentará seu histórico rival, o Grêmio, no Maracanã, pela última rodada. Fabrício Carpinejar escreveu interessantíssimo texto sobre os eventuais papéis que o Grêmio desempenhará no próximo domingo (leiam aqui). Eu, particularmente, não acredito que vá haver corpo mole por parte do tricolor gaúcho. A conferir;

* o Botafogo, perdendo pro Atlético Paranaense na Arena da Baixada entrou na área da degola (vejam aqui os gols da partida). Os dois clubes eram adversário diretos na luta contra o rebaixamento e fizeram um jogo desesperado. Pensei muito em Luiz Antonio Simas, que lá de São Paulo (na casa do homem da barba amazônica), sofria como sofrem todos os botafoguenses. Quero dizer aqui, de público, a ele, ao Marechal, ao Fernando Molica, ao Carlinhos do AL-FÁRÁBI, a todos os botafoguenses, que torcerei olimpicamente por uma vitória do Botafogo, contra o Palmeiras, no domingo que vem. Vai ser difícil, mas esse Campeonato Brasileiro de 2009 já mostrou que NADA (com a ênfase szegeriana) é impossível;

* vamos ao Flamengo. Protagonista de uma campanha heróica no segundo turno da competição, o Flamengo chegou ao topo da tabela depois de improváveis resultados nas últimas rodadas. Vencendo o Corinthians em Campinas (no estádio do Guarani, do meu mano Bruno Ribeiro, ele também na casa do homem da barba amazônica, ontem) por 2 a 0, e graças à derrota do São Paulo para o Goiás, o Flamengo está, agora, a uma vitória do título que persegue desde 1992, quando conquistou o pentacampeonato (vejam aqui os gols da partida, com absoluto destaque para o lançamento preciso de Toró para Zé Roberto que resultou no primeiro gol). Eu, escoladíssimo, ainda não comemoro nada, salvo a liderança por uma semana. Espero que o time tenha cabeça fria e que a torcida tome vergonha e apóie o Flamengo como sempre fez, preocupada com o jogo e com sua participação quase sempre decisiva. Nada de oba-oba durante a semana, nada de mosaico-viado, nada de gritos de guerra que nada tem com a tradição do maior clube do planeta. Lamento profundamente a ausência de Álvaro (um guerreiro suspenso pelo terceiro cartão amarelo) e torço pela franca recuperação de Adriano, que disputa uma batalha particular pela artilharia. Acho, mesmo, que o Flamengo deve ter muito os pés no chão. São muitos os exemplos (recentes) de frustrações retumbantes em pleno Maracanã em jogos extremamente decisivos. Todo cuidado é pouco. Está em jogo o hexacampeonato, do Flamengo e do Andrade, ele, na minha modestíssima opinião, o craque do Campeonato Brasileiro de 2009.

Até.

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>ESSA GENTE DA BARRA E DO LEBLON

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Eu gosto muitíssimo de poder exibir aqui no balcão do BUTECO as podridões que o jornal O GLOBO publica, dentro de sua política perniciosa de destruir o Rio de Janeiro e de construir uma sociedade mais podre, mais consumista e cada vez mais separatista, tendo sempre a classe social como parâmetro para dizer o que é bom, o que presta e o que interessa.

Deixo hoje, exibido no balcão, diversos recortes da inacreditável matéria publicada no CADERNO ELA de sábado, 28 de novembro, intitulada BARRA SEM VERGONHA.

A matéria, que pode ser lida aqui, gira em torno da “disputa” entre moradores da Barra (que detestam ser chamados de “barrenses”) e da zona sul, notadamente do Leblon.

Assinada por Carolina Isabel Novaes, é um nojo repugnante da primeira à última linha. Fala das “itgirls”“meninas invejadas, lançadoras de moda” – e de outros tantos personagens absolutamente dispensáveis. O que dá – quero repetir – coerência a tudo o que digo aqui sobre essa parcela doentia da sociedade.







Até.

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>KEBABAQUICE

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A coluneta GENTE BOA de O GLOBO, mantendo sua tradição de jabá, noticia hoje que o BELMONTE inaugurará, na outrora respeitável Lapa, uma kebaberia.

Um nojo.

Até.

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>DO DOSADOR

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* estive ontem, e dessa vez com Marcelo Vidal (e com Felipinho novamente, que passava pela rua e nos viu), pelo segundo dia seguido (percebam a irresistibilidade da qualidade da pizza), no fabuloso DOM COSTA – conheçam o restaurante aqui. E quero lhes contar sobre os mistérios do lugar, conseqüência dos mistérios que cercam a rua do Matoso (perguntem ao Leo Boechat, que os tem conhecido mais amiúde, o que é a rua do Matoso). Lá chegamos e fomos recebidos pelo mâitre, seu Altamir, uma espécie de “grã-fina com narinas de cadáver” de casaca. Ou, como prefere o pequeno grande homem, um autêntico mordomo assassino de filme noir. Seu Altamir me fitava de longe. Fazendo do queixo quadrado uma quilha, fechava os olhos, franzia a testa, até que veio como uma flecha em direção à mesa:

– Foi você! Obrigado!

E estendeu o texto A MELHOR PIZZA DO RIO DE JANEIRO (aqui), impresso, em minha direção. Tomei um susto. E o Felipinho disse:

– Quem lhe deu isso, seu Altamir?

E ele, soturníssimo e fazendo cara de mistério:

– O pessoal do escritório… Lá de cima…, do escritório… – e deu de apontar para as escadas, esfregando as mãos.

O serviço esteve fabuloso como sempre, o ambiente agradabilíssimo a menos de 25 graus (ar-condicionado tinindo!), seu Pereira nos atendendo com maestria, as pizzas (aliche e portuguesa) campeãs e encerramos a noite embasbacados com o depoimento do seu Altamir sobre o Leblon, impublicável;

* a rodada desse final de semana, uma vez mais, promete. O Flamengo, que vacilou contra o Goiás dentro de casa, encara o Corinthians em Campinas de olho na partida entre o São Paulo e o mesmíssimo Goiás que – dizem – recebeu um milhão de reais do atual campeão brasileiro para fazer jogo duro contra o Flamengo no Maracanã. Na extrema ponta da tabela, fugindo do rebaixamento, Botafogo e Atlético Paranaense se enfrentam, o que significa dizer que uma vitória do Fluminense contra o Vitória no Maracanã tira o tricolor das Laranjeiras da zona do rebaixamento. Mais uma rodada, como se vê, de tirar o fôlego. Minhas apostas (feitas sob a égide da emoção), apontam para um empate do São Paulo, vitória do Flamengo (e seremos líderes), vitória do Botafogo e empate do Fluminense, prejudicadíssimo por conta da trágica derrota por 5 a 1 contra a LDU na última quarta-feira;

* vamos à derrota do Fluminense. Quero dizer, de pronto, que sou radicalmente contra a proibição de jogos nas mais elevadas altitudes. Futebol é futebol, há muito dinheiro envolvido, há intensas possibilidades de um calendário mais organizado e menos sacrificante e, conseqüentemente, chances de uma preparação mais profissional por parte dos times que vão enfrentar adversários adaptados às condições desfavoráveis causadas pela altitude. No ano passado, o Fluminense perdeu de 4 a 2 da mesma LDU, tendo chegado a Quito dois dias antes da partida. Especialistas alertam, constantemente, sobre a imperiosa necessidade de uma adaptação efetiva: ou o time chega pelo menos 10 dias antes da partida ou chega, no máximo, 24 horas antes da realização do jogo. O que fez o Fluminense? Repetiu o mesmo erro, chegando a Quito dois antes da partida. Não conseguiu repetir o placar: tomou uma piaba de 5 a 1, o que torna praticamente impossível a conquista do título na quarta-feira que vem no Maracanã. Mas a história mostra que não se duvida de nada no futebol, ainda mais se levarmos em conta a sempre possível intervenção do Sobrenatural de Almeida;

* soube ontem que Luiz Antonio Simas e Rodrigo Ferrari, dois grandes e fundamentais cariocas, ganharam de presente dois choros (um pra cada um, é evidente) de autoria de Maurício Carrilho. Mais que um presente para os dois, um presente para quem ama a cidade do Rio de Janeiro e sua gente. Daqui, do BUTECO, ergo o copo em homenagem a essa belíssima iniciativa de Maurício Carrilho, belíssima! Anseio por ouvir os choros;

* e amanhã, sábado, o caderno IDÉIAS, do JB, trará texto de Rodrigo Ferrari sobre Paula Brito e mais uma aventura na Tijuca, de minha autoria, da série CENAS TIJUCANAS, com ilustração do craque Paulo Stocker.

Até.

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>GUIA RIO BOTEQUIM

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Cheguei há pouco da rua (a canícula continua, firme e forte). Parei, saindo do almoço, na FOLHA SECA, pra beber um café. Pedi o café. E antes mesmo de receber a xícara, estendeu-me, Rodrigo Ferrari, com um sorriso cínico no rosto, um exemplar recém-saído do forno do GUIA RIO BOTEQUIM, última edição, de Guilherme Studart. Com o passar dos dias tecerei mais comentários. De pronto quero dizer a vocês o seguinte: a capa é feia, o interior é feio, a diagramação é de mau gosto (espero ansioso pela avaliação de Leo Boechat e Marcus Handofsky) e, pelo pouco que vi (folheei rapidamente), nada ali presta. Edição bilíngue (pra quê?!, pra quê?!), patrocínio e propaganda da Brahma (o que é inadmissível para um guia que se pretende sério e conseqüentemente isento), uns carimbos indicando quais os bares que servem Bohemia (igualmente inadmissível) e verdadeiras mentiras incluídas entre os eleitos pelo lorde, flâneur e connaisseur Guiherme Studart (entendam isso, aqui). O que vocês me dizem do finado BAR DA DONA MARIA entre os indicados? E da indicação do OTTO, um restaurante (bar?, botequim?… NUNCA!). Está nas livrarias, então, o mais que nunca vade-mécum de otário, prefaciado (alô, Andreazza!) pelo prefeito Eduardo Paes. Tudo em casa.

Até.

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>DOIS MESES DE GOOGLE ANALYTICS

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Desde que li as detalhadíssimas estatísticas de visitação no blog da Vanessa Dantasaqui -, no dia 25 de setembro de 2009 – prato cheio para um obsessivo como eu -, passei a fazer parte dos blogs controlados pelo inacreditável GOOGLE ANALYITCS, sistema que disponibiliza uma quantidade absurda de informações que podem ser, muitas vezes, úteis para quem tem um blog.

Logo, ontem, 25 de novembro, amealhei as estatísticas de dois meses de visitação ao BUTECO DO EDU, e passo a dividi-las com vocês, num exercício não apenas de registro mas também de curiosidade e de certa vaidade.

Vale dizer, antes, que tenho hoje três controladores de visitas ao BUTECO e que variam pouquíssimo com relação aos números que apresentam. O SITEMETER desde 18 de janeiro de 2005, o EXTREME TRACKING desde 02 de fevereiro de 2006 e, agora, o GOOGLE ANALYTICS desde 25 de setembro de 2009 (repito, o mais completo e detalhado).

Foram 25.878 visitas em dois meses (12.527 visitantes absolutos – ou únicos – e 36.705 exibições de página).

Essas 25.878 visitas vieram de 66 países diferentes. A predominância absoluta, é claro, é do Brasil, com 93,57% das visitas, seguido de Portugal (2,18%), Estados Unidos (1,78%), Japão (0,36%), Reino Unido (0,22%), Dinamarca (0,20%), França (0,16%), Espanha (0,14%), Canadá e Angola (com 0,13% cada).

Essas mesmas 25.878 visitas vieram de 680 cidades diferentes. A predominância absoluta, é claro também, é do Rio de Janeiro, com 46,11% das visitas, seguido de São Paulo (14,97%), Campinas (3,84%), Belo Horizonte (2,39%), Salvador (2,15%), Brasília (1,92%), Curitiba (1,72%), Niterói (1,56%), Vitória (1,47%) e Nova Iguaçu (1,09%).

Entre as cidades do exterior, Lisboa (15a. mais visitada) sai na frente com 0,74% das visitas, seguida do Porto (28a. mais visitada com 0,31%), Nova York (30a. com 0,29%), Viseu (39a. com 0,20%) e Copenhagen (40a. com 0,18%).

54,67% são leitores fiéis!, e 45,33% são novos visitantes.

Bacana é ver que 19,24% do universo de visitas chegam aqui digitando http://www.butecodoedu.blogspot.com, direto, sem necessidade de qualquer link dirigido para o BUTECO.

40,61% de todas visitas chegam aqui clicando em links de diversos sites (em sua maioria, blogs). Vamos aos números.

14,01% vem do BOTEQUIM DO BRUNO, do meu mano Bruno Ribeiro, de Campinas, o que explica bem a forte visitação que vem de lá. 11,77% vem por conta de busca de imagens no GOOGLE, dirigidas pra cá, 10,17% por conta do TWITTER, 9,47% ainda chegam por conta do HISTÓRIAS DO BRASIL (blog desativado do Simas) e 7,57% do HISTÓRIAS BRASILEIRAS (seu novo blog), o que faz com que meu irmão Luiz Antonio Simas seja o maior propagador de visitas ao BUTECO. Ainda temos 5,33% graças ao SAMBA, BOEMIA E VAGABUNDOS do Eduardo Carvalho, 2,83% através do ANGANHGUERA do Favela, 2,34% através do FACEBOOK, 1,73% por conta do BOEMIA E NOSTALGIA do Felipinho e 1,67% do PENTIMENTO, do Marcelo Moutinho.

40,15% das visitas chegam por conta de pesquisas feitas nos diversos mecanismos disponibilizados na grande rede. As palavras e expressões mais procuradas e consequentemente que mais renderam visitas foram as seguintes: a mais procurada (o que pode denotar que neguinho ouve falar do BUTECO e sai procurando por aí para chegar aqui) foi “BUTECO DO EDU” (com pequenas variações como “BOTECO DO EDU”, “BUTECODOEDU”, “BUTECO EDU”) com 24,90% das pesquisas, seguida de “RECEITA DE RABADA” (e suas variações) com 13,39%.

O dia mais visitado foi 07 de outubro de 2009, com 1.001 visitas (sendo 536 visitantes absolutos) – e graças à torcida do Palmeiras, verdade seja dita, em especial os membros da organizada ACADÊMICOS DA SAVÓIA, basta ler os textos do dia 07 de outubro e a prova está lá.

Era isso, apenas.

Feito o registro, encerro.

Até.

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>A MELHOR PIZZA DO RIO DE JANEIRO

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Já ouço daqui as gargalhadas de deboche oriundas da parcela de meus leitores (poucos, mas fiéis) que me vê como um hiperbólico contumaz. Pouco me importo. Não vou deixar de dar a dica.

Quem tem muito a comemorar, além de mim, é claro, que moro a 500m do portentoso restaurante que acaba de inaugurar, é a Olga (que mora ainda mais perto!) e o Felipinho (mais perto ainda!!!).

Dom Costa, rua do Matoso 265

Estive lá ontem e quero lhes dar o testemunho: é, de longe (mas muito de longe!), a melhor pizza da cidade. Esqueçam as afrescalhadas pizzarias que cobram valores absurdos por pizzas grifadas. Esqueçam as filiais cariocas das redes paulistas que invadem, sobretudo, a zona sul da cidade. Esqueçam.

Na rua do Matoso (na gloriosa rua do Matoso!), número 265, está, e há poucos dias, o restaurante DOM COSTA.

Lá estive justamente com o Felipinho que, eufórico, festejava:

– Olha o mâitre, que elegância, parece um daqueles mordomos assassinos de filme noir!

– Olha o tamanho da adega, Edu!

– Banheiro de primeira!

E enquanto chorava comemorando a conquista de seu America, comia de olhos fechados a pizza que, repito, vale o despencar de vocês todos, de onde quer que seja.

Comemos muitíssimo bem, bebemos uma quantidade considerável de Heineken estupidamente gelada e pagamos – tomem nota, tomem nota! – R$ 60,00.

Preço que você paga para estacionar seu carro nas tais pizzarias grã-finas que pululam por aí.

Até.

P.S.: sempre acho desnecessário fazer prova de minha precisão. Mas como vocês merecem minha consideração e empenho máximo, publico foto que acabo de receber, às 12h15min, enviada pelo Felipinho, exibindo monstruosa fila na porta do DOM COSTA, agora mesmo, na hora do almoço. Salve a rua do Matoso!

fila no DOM COSTA, 26 de novembro de 2009

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>A LOURA DO ELEVADOR

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Cheguei há pouco da rua. Não sei a temperatura exata, mas posso dizer, sem medo do erro, que a sensação térmica é de 40 graus pra cima. O bafo que vem do asfalto, a visão de homens e mulheres com discos escuros debaixo dos braços, testas que pingam como lágrimas dos olhos das carpideiras – tudo piora a tal sensação térmica. Mas não é, meus poucos mas fiéis leitores, sobre o calor senegalês que sufoca o Rio de Janeiro que quero lhes falar. Não. É sobre uma loura com quem cruzei no elevador quando saía em direção ao Tribunal. Saí do elevador com o lenço na boca à moda de um dique impedindo a explosão da gargalhada que só me foi possível na Erasmo Braga. Chamei meu irmão Fernando Szegeri pelo rádio e fui efusivo:

– Acabei de ver nascer uma personagem!

Pausa.

Fernando José Szegeri, o homem da barba amazônica, para assombro de quem o conhece, está, desde a manhã de hoje, fazendo das suas no TWITTER. E se até o Moacyr Luz fez o patético apelo diante dos jornais (vejam aqui) para angariar seguidores (no momento a partida está MARIA RITA 68.164 X 527 MOACYR LUZ), por que não posso eu fazer o mesmo por aqui em prol do meu amigo? Sigam Fernando Szegeri pelo TWITTER! AQUI! AQUI! AQUI! Dito isso, vamos em frente.

Deu-se o seguinte.

Saí de minha sala de paletó, gravata, pasta na mão e chamei o elevador. Embarquei. Dois homens já estavam em seu interior. O bicho parou no sexto andar. Foi quando entrou a loura do elevador. De tailleur, uma pasta grifada nas mãos, foi efusiva:

– Boa tarde, gente!

O coro respondeu.

Foi quando a loura do elevador (como uma autêntica piadista de elevador, entendam isso aqui), mirando seus olhos nos meus (embora eu não pudesse ver seus olhos, ela usava uns óculos escuros imensos), disse abanando-se vigorosamente com sua pasta:

– Horrível ir pra rua com um calor desses, né?! – e deu de guinchar sozinha, batendo o saltinho do scarpin no piso de granito.

Eu, simpaticíssimo, disse:

– É.

E ela, agora mostrando os dentes, enormes como os dentes de uma coelha do Maurício de Souza, e fazendo movimentos, impossíveis de descrever, com o cabelo:

– Pra gente que sai do escritório fresquinho, né?! – deu saltitos.

Eu, já a um passo de saltarmos todos, tentando ser mais simpático ainda:

– É… minha sala está feito a Sibéria…

Foi quando nasceu a personagem. A loura do elevador, levando a mão à boca – numa máscara de espanto e dó absoluta – disse franzindo a testa:

– Seu ar-condicionado quebrou?! Que horror!

Saltamos.

E eu ouvi, já na portaria, o último guincho da gênia:

– Sibéria foi ó-ti-mo! Boa sorte, doutor! – e deu de gargalhar, como uma parva.

Até.

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EGO DO BUTECO

O inconcebível, inacreditável e insuperável (pelo que guarda de imbecilidades) site EGO, excrescência cibernética hospedada nos domínios da GLOBO.COM (onde mais?, onde mais?) publicou hoje uma notícia (notícia?) envolvendo a … (não sei o que ela faz…) Isis Valverde. O tal site conta que “Isis Valverde exibe tatuagem em evento de moda”. É ou não é uma tremenda e bombástica notícia? (vejam aqui).

O EGO DO BUTECO, mantendo seu compromisso de lançar luzes sobre gente (e tatuagens) infinitamente mais interessante que a gente exibida pelo tal site, também mostra, hoje, uma celebridade que, tal e qual Isis Valverde, também exibiu sua tatuagem em um evento foda (e não de moda).

26/04/09 – 12h46min

Flagrado conversando com convidados da festa de 40 anos de um de seus grandes amigos, em abril deste ano, Luiz Antonio Simas exibe a tatuagem que retrata um dos heróis da revolução cubana.

“Eu acho o Simas um charme, sabe? Carequinha linda, olhos claros, atarracadinho, e com esse gostoso tatuado na batata da perna, ai…”, suspirou uma das garçonetes que trabalhava durante a festa, enquanto brincava com a esposa do professor.

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>DO DOSADOR

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* O Fluminense enfrenta a LDU hoje à noite pela primeira partida da final da insignificante Copa Sul-Americana, em Quito. A Copa, diga-se, deixa de ser insignificante apenas para o Fluminense que tentará, na quarta-feira que vem, no jogo da volta, vingar-se de decepção aguda que sofreu no ano passado, quando perdeu o jogo final, da Libertadores, para a mesmíssima LDU no Maracanã (será uma vingança minúscula, eis que a Libertadores é a Libertadores). E já que falei em insignificância, posso apostar que a torcida tricolor, essa torcida historicamente dada a afetações, montará um patético mosaico para superar (sem êxito, digo desde já) a papagaiada armada pela torcida do Flamengo no domingo passado, no jogo contra o Goiás – vejam aqui;

* falei em insignificância e quero lhes contar sobre dois comentários extremamente significativos feitos no texto O BAR DO CHICO ACABOU, aqui. Um deles feito pelo Angelo, mais-que-freqüentador do bar e meu colega de colégio. Ele mora na Pardal Mallet e era daqueles que podia ser encontrado todos os dias bebendo sua mofada na calçada. O outro, feito pelo Cesar Tartaglia, que chegou a dar nome a um dos pratos do buteco e que também não esconde sua profunda decepção. Vamos a eles:

“NÃO EXISTE MAIS CERVEJA GELADA NO CHICO!!! EM DIA E EM HORÁRIO NENHUM!!!”

“Edu, logo que o Chico inaugurou o puxadinho, o Felipinho me mandou um e-mail, triste da vida. Tomo a liberdade de reproduzir aqui a minha resposta pra ele: “Havia um tempo não ia ao Chico, e resolvi ir almoçar lá dois dias depois de ele ter inaugurado o troço. Levei um susto, claro – mas de certa forma já esperava algo do gênero. Infelizmente, ele optou por alanchonetar o puxadinho. Mas mesmo nao tendo gostado do que vi, pensei lá com meus botões: “Bem, pelo menos a cerveja e a comida nao devem ter mudado”. Ledo ivo engano, como diria o Jaguar: quando um daqueles borboletas veio me atender, de um jeito completamente diferente como o faziam o Antonio, o Chicão, o Cildo, aqueles nossos garçons, eu pedi uma mofada. Ele ficou me olhando com uma cara assustada – certamente jamais servira uma cerveja mofada, como aquelas que a gente só bebia no Chico. Expliquei o que era, e ele me volta com uma Brahma lisa. Só de olhar vi que cerveja mofada havia virado coisa do passado. Dei um crédito de confiança, pedi outra – com a ressalva de que o Cabeça, que estava no balcão, sabia como eu gosto da cerveja. Necas, veio do mesmo jeito, pouco gelada, nada que lembrasse nossas garrafas congeladas. Resolvi conferir a comida. Pedi o cardápio, e vi que já nao sou mais nome de prato. “Fazer o quê?”, pensei. Pedi a minha carne de sol, meia porção – que antes vinha numa quantidade que dava pra três. Vieram umas tiras grossas, sem graça, um montinho de nada de carne. Desisti, comentei com quem estava comigo que eu estava desiludido e que havia acabado de perder meu buteco. Voltei lá uns dias depois, dando mais um crédito – “Eles estao enrolados com o serviço novo”, concedi. Por via das dúvidas, me sentei na calçada da Afonso Pena, de frente apenas pros azulejos coloridos e pras fotos que fariam a alegria do Ego do Buteco do nosso Edu (será que elas ainda estão lá?), tirando o puxadinho da minha visão. Pedi novamente uma mofada e nada. Desisti. Acabei a Brahma e fui embora. Eu gosto do Chico, é um cara bacana, e torço pra que ele se dê bem na vida. Mas meu buteco, sinceramente, acho que nao existe mais. Felipe, isso é triste pra nós, que sabemos o quanto um buteco de responsa é importante pra temperar amizades, ou pra dar vida a uma esquina, um bairro. No caso do Chico, eu particularmente sinto uma pontada no coração porque era ali que, todo fim de semana, eu me sentava com meu irmao pra tomar nossa cerveja. Depois que ele morreu, eu passei a ir menos por lá, mas mesmo assim sempre que ia me sentava na mesma mesa onde nós dois, eventualmente com filhos, namoradas etc, costumávamos tomar nossa mofada e comer nossa carne de sol, nossa moela e botar o papo em dia. Agora nem essa lembrança do meu irmão eu posso mais guardar. Uma pena”.”

Tristíssimo, como se vê;

* falei em insignificância e quero dividir um troço com vocês. Conheço alguns fundamentalistas do PSOL que deixaram de falar comigo (notem como são democratas) por conta de minhas críticas ao comportamento do partideco que é e à musa de todos eles, Heloísa Helena. Quando ainda me dirigiam a palavra, diziam depois das sessões de lobotomia na rua do Rosário: “A Heloísa Helena está muito na frente da Dilma nas pesquisas! Espere pra ver!”. Eu apenas ria – como uma hiena. E não é que acabo de saber que começaram as conversas entre o PV (do Zequinha Sarney) e o PSOL? E não é que acabo de saber que o PSOL, e conseqüentemente HH, irá apoiar a candidatura da Marina Silva? Diante disso, o que disse a vereadora de Maceió? Tirem as crianças da sala: “Não vamos nos render à medíocre matemática eleitoralista”. Ah, não?! Então por que não sai candidata sozinha e toma uma surra como merecem os histéricos que berram sozinhos no Buraco do Lume às sextas-feiras? Como eu não tenho o menor talento para análises políticas mais aprofundadas, alguém me explica esse circo?;

* antes que alguém me acuse por excesso de ingenuidade, quero dizer que não tenho a menor esperança de receber qualquer resposta dos editores do cada vez mais podre jornal O GLOBO (como lhes contei aqui). Arrogantes como sempre, jamais se dignaram a explicar o plágio escancarado cometido por uma de suas empregadas, também editora de um dos cadernos do jornal. Talvez, quem sabe, eu consiga contato com Roberto Marinho numa sessão de espiritismo, de mesa branca, como diria meu mano Luiz Antonio Simas. Ele, que sempre esteve do lado errado segundo minha visão de mundo, pelo menos respeitava, ainda que minimamente (por mais que os mais radicais teimem em dizer que não), o jornalismo e o jornalista – e conseqüentemente o leitor de seu jornal. Hoje, ainda nas mãos da família Marinho, O GLOBO é um manancial de mediocridade. A opção preferencial das ORGANIZAÇÕES GLOBO é pela mediocridade. É a maneira mais fácil de ganhar dinheiro, jogando com a acomodação cultural e com a falta de apetite dos leitores e dos telespectadores para contestar essa lixo todo que de lá emerge. Estimular, implicita ou explicitamente, o ódio social, a discriminação, as manifestações que vemos tanto em reportagens quanto nas novelas ou nos programas de TV, é – estou seguro disso – opção muito bem pensada. E disso decorrem os absurdos que vemos, disso decorre a lástima que são os comentários dos leitores sobre assuntos como política, violência, favelas, direitos humanos, disso decorre essa degeneração generalizada do que seja a vida em sociedade. O lance, muitíssimo bem pensado, não é demais repetir, extremamente pernicioso, é pisar no pobre, incensar o bairro Leblon, massacrar a zona norte (ou, o que é a mesma coisa, fazê-la aparecer na mídia apenas como uma região folclórica a ser eventualmente visitada), disso decorrem coisas que podem parecer menores mas que fazem parte da mesma lavagem cerebral, da mesma lobotomia, como o incentivo às grifes de supostos botequins, o oba-oba com supostos gênios da música e até mesmo os altos elogios a figuras medíocres do futebol e de outras áreas. Dentro da estrutura atual do jornal, não vejo a quem reclamar com mínima esperança de obter uma satisfação. Seria o mesmo, disse-me um amigo dia desses, que procurar Robespierre e reclamar com ele do Terror na Revolução Francesa. O alto escalão das ORGANIZAÇÕES GLOBO é um covil de oportunistas. Os editores, por conseqüência, são seus cordeiros, e todos, deles, endeusados, estão ganhando muito bem e ficando cada vez mais milionários com essa opção pela mediocridade. Razão pela qual não paro de bater (sem qualquer sinal de ingenuidade, reitero). Bater, talvez, surta algum efeito. Nem que seja apenas no meu público leitor.

Até.

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