Minha mui amada e leal cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro faz anos amanhã, completando 443 anos desde sua fundação, a primeiro de março de 1565. Durante todo o dia, em todos os cantos da cidade, festa pra todos os gostos, de todos os jeitos, reforçando a faceta da mais bonita cidade do mundo, a de abrigar e a de abraçar a todos, cariocas ou não, ainda que seja necessário, em prol de evitarmos uma mudança muito brusca de rumos dessa mesma faceta, estarmos sempre com o regador ao alcance da mão. Pra bom entendedor, meia palavra basta e vamos em frente.
Eu, e penso que seja desnecessário dizer – mas vou dizer, o blog é meu, pô! -, estarei desde cedo de papo com os amigos na livraria do meu coração, a Folha Seca, bebendo uma Brahma estalando de gelada na Toca do Baiacu, beliscando uma coisa ou outra no Casual do Santos ou no Antigamente do Carlinhos, comemorando a graça de ter nascido aqui, de ter crescido aqui e de aqui viver até hoje com intenções arraigadas de tombar por aqui mesmo, que não há melhor lugar pra se viver.
E estarei comemorando não apenas o aniversário da cidade, mas também o aniversário de um carioca maiúsculo que, quando me bateu o telefone ontem, me flagrou já debruçado sobre seu presente:
– Meu aniversário no sábado, hein, Edu!
O malandro, que faz anos no dia 04 de março, terça-feira, como bom carioca que é, dribla as horas, faz uma bainha no tempo, manda um acorde dissonante nos sete dias da semana e vai na aba do Rio de Janeiro festejando o aniversário no primeiro de março, na rua que fica a um passo da Primeiro de Março (salve, Salgueiro!), no canto da Ouvidor onde se assenta o poderoso axé que não permite o dobrar de joelhos da aniversariante maior, a cidade-mulher.
A partir do meio-dia, todos, então, à rua do Ouvidor, que a dica é abraçar a cidade ao som do samba e da voz desse rubro-negro também maiúsculo, merecedor do abraço de todos nós por mais um ano de vida.
A festa é deles dois, o presente é nosso.
Até.