>ALDIR BLANC – 60 ANOS

>

O Aldir é desses amigos indispensáveis, imprescindíveis, fundamentais na vida da gente. Dia desses mesmo eu escrevi que há pessoas com quem a gente põe o papo em dia e o papo nunca fica em dia tão bom o papo é. O Aldir é dessas pessoas.

Aldir Blanc

O Aldir é desses amigos, o Aldir é dessas pessoas, e o Buteco, que não costuma abrir aos sábados, abre hoje, 02 de setembro, apenas para que eu possa, e possamos todos, erguer o copo à saúde desse vascaíno egresso do Estácio, hoje residente na Muda, demodè, saudosista, blasè, retrô, malandro-cocô, como todos nós, escafandristas da zona norte, que completa hoje sessenta anos de vida.

Aldir Blanc

Eu, vocês sabem, sou parcialíssimo.

Sempre recusei o incentivo de pais, tios e tias, “Faça concurso pra Juiz, meu filho!”, “O salário é uma nota!”, “Ah, você de toga…”, essas preocupações justificáveis, esses conselhos compreensíveis mas diametralmente opostos ao que tenho na alma.

Por ser parcialíssimo decidi advogar, brigar pelo que defendo – e só defendo aquilo que acredito -, morrer lutando pelo que acho justo, e por isso mesmo a Casa Jorge tascou na orelha do meu livro (comprem, comprem, comprem!):

“Advogado formado em 1992 pela PUC, escolheu a carreira porque gosta de brigar pelos outros – vai morrer no dia em que não puder mais polemizar.”

Falei no livro e preciso fazer mais uma confissão, a última de hoje.

Meu epitáfio – os mais chegados já sabem disso – foi cravado pelo Aldir, que escreveu o prefácio, e somente alguém capaz de me conhecer na íntegra poderia tê-lo feito:

“Edu nasceu dissidente até de si mesmo.”

Aldir Blanc

E por ser parcialíssimo é que eu digo, calmíssimo e com a convicção imorredoura, que o Aldir é o maior, é meu irmão mais velho, meu pai a seu modo, o maior letrista brasileiro (o que significa dizer do mundo), glória da nossa música, bastião da zona norte, do subúrbio, dos paus-de-arara, das passistas, dos flagelados, pingentes e balconistas, da menina Moema de 13 anos, dos bêbados e das equilibristas, do subúrbio e seus desenganos, comandante-em-chefe da minha mui amada Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro!

Saúde, Aldir!

Ouça daí, da Muda, o tim-tim que fazemos, eu e a Dani Sorriso Maracanã, de pé no balcão imaginário do Buteco, à sua saúde!

Até.

6 Comentários

Arquivado em Uncategorized

6 Respostas para “>ALDIR BLANC – 60 ANOS

  1. >Edu: tudo é literal, menos os nomes dos caras. Eu perguntei o que o ministro achava da briga que o Aldir, o Nei e o Paulinho Pinheiro vinham travando contra o jabá, se ele não achava essa uma causa nobre, e ele veio com aquela resposta, falando sobre socialistas, revolução, um troço esquisito pra caralho. Abração.

  2. >Pra que faça sentido pra vocês o comentário aí de cima, do Bruno, leiam isso.Abraço em todos.

  3. >Eu nem ia beber hoje, mas agora não tem jeito pra bico seco.Vou ter que destapar uma com butiá que já está quase solidificando de tão curtida. Feliz ano novo, Aldir! Feliz década nova! Blanc… e tim-tim! Jean Scharlau

  4. >Edu, foi um prazer tomar os chopps(e depois na porcario do Maracanã, as cervejas), e dividir aquele belo prato do Santos(o próximo é por minha conta!!), com voce e a Dani…Vamos marcar mais vezes,não se esquecendo do ja combinado dia 16 la na Folha…Bom, infelizmente nosso mengão perdeu, uma vergonha total, mas bola pra frente, o que é mais gostoso mesmo é ganhar do VascoAbraçosTiago PrataPS:Não se esqueça daquela receita que veio dentro do livro da JZE…PS2:Viva Aldir, um dos maiores do mundo!!!Muito bom o texto que voce escreveu para ele, assim como tudo que voce escreve nesse Buteco…Sou leitor assiduo e frequente.

  5. >Quero ter o prazer de um dia o conhecer e de ouvir alguma de suas histórias…Meus parabéns, Aldir!!

Deixe um comentário