O RIO NA CHOPERIA TITO

Desde março de 2014, logo depois do Carnaval, começamos a contar os dias para o 26 de julho. Havíamos comprado as passagens para Curitiba com um único objetivo: passar o sábado inteiro na Choperia Tito, em Ponta Grossa, da qual já lhes falei, entusiasticamente, aqui.

Foi esse mesmo entusiasmo que moveu mais três malucos, que resolveram nos acompanhar, a mim e à Morena, na empreitada etílica: Fábio, Felipinho e Leo (em ordem alfabética para não ferir suscetibilidades). E ainda mais outros três, que saíram de Curitiba pra nos encontrar lá: Gus, Kelly e Iza. Éramos oito, portanto, os afortunados.

o time no tito

Por tudo, foi inesquecível.

Os irmãos Anderson e Hudson, netos do seu Tufy Curi (o nome de batismo do seu Tito), que tocam com maestria o bar, que existe desde 1933, foram – ao lado do avô, que pintou na área! – perfeitos anfitriões.

Fundado por um alemão, a choperia nunca mais fechou as portas (nem no dia 26 de julho de 2014!, dia de Sant´Ana, feriado em Ponta Grossa, que os irmãos cumpriram a palavra e ergueram as portas de ferro às nove da manhã em ponto). A administração da choperia foi sendo passada de pai para filho, e o bar permanece hoje com as mesmíssimas características do primeiro ano de funcionamento. Estar na Choperia Tito, conta Guilherme Capello, “é como voltar no tempo, mobílias rústicas, doceira antiga e a máquina de chopp que ainda é a mesma do ano de fundação.”.

Segue: “Para os frequentadores do bar, é o tempo da máquina que torna o chopp tão especial e atraente. Diariamente senhores vão ao bar para jogar conversa fora e tomar o tradicional chopp, considerado pelo livro “Os bares do Paraná” como o melhor da região. A tradição do bar traz consigo o ambiente que oferece chopp de qualidade, o típico rollmops, e outros petiscos. Muito pertence ao bar, a ampla importância no cenário histórico e social dos Campos Gerais, o convívio dos moradores e visitantes da cidade que neste ambiente formavam amizades, encontros, discussões… e que ainda pode ser notada na fiel continuidade da tradição nascida em 1933.”.

Por isso, e por tudo, eu repito e reitero o que já lhes disse: a Choperia Tito serve o melhor chope que já bebi em 45 anos de vida (e olha que eu já bebi chope…). Se você for um aficcionado, não deixe de ir.

Eu, daqui do meu canto, do lado de dentro do balcão imaginário do buteco, só quero lhes dizer que em breve – muito em breve! – partirá daqui, da Guanabara, nova expedição em busca do solo sagrado e do chope perfeitamente bem tirado da Choperia Tito.

Porque, como bem disse o Fábio Seixas, dando início à maluquice que se concretizou no sábado passado, “a vida só tem graça quando fazemos coisas que não faríamos se não movidos pela paixão desenfreada, pelos arroubos, pelas maluquices…”.

Até.

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