>
– Onde estão minhas meias?
– Dêndagaveta. (dentro da gaveta)
Ou quando encontramos algum conhecido na rua:
– Méksetá? (como é que você está?)
Dia desses ouvi uma incrível. Estava no táxi e o motorista:
– Esse ano, se Deus quiser, eu troco de carro…
– Já sabe que carro vai querer? – perguntei, dando corda.
– Palha de vento! – ele disse.
Fiquei com vergonha de não ter entendido a piada e comentei:
– Grande carro, o palha de vento…
– Grande carro…
Eu não podia ficar sem entender:
– Mas tem poucos rodando na rua, né?
– Que nada!
– Quase não vejo…
– Olha dois ali, ó! Parados no sinal!
Um Palio Adventure vermelho e outro cinza.
Vocês, meus poucos mas fiéis leitores, podem contribuir com alguma – digamos – palavra nova?
Até.
>Eu gosto da clássica, e carioquíssima, mermão (meu irmão).
>Eu tenho uma, mas é do tempo em que ainda éramos colônia de Portugal. O Feijão “Fradinho”, na verdade é FURADINHO. Mas de tanto ouvir o sotaque lusitano, acabamos comendo uma sílaba. Então virou “Fradinho”.O carro “Palha de Vento” foi demais.Beijo.
>caro Edu, fui professora de redação no interior do estado. já ouvi e li de tudo… até presenciei um caso de cheque assustado. o clímax aconteceu em Icapuí, indo para Redonda, de kombi. eu, um irmão e uma amiga não entendemos nada do que falavam uma senhora e um seu velho amigo (só percebemos, pelo tom animado da conversa, era coisa boa e alegre, poderia ser a pesca da temporada como poderia ser uma cervejada qualquer). eles falavam português, juro, reconheci morfemas, uns três conectivos e diversos sons soltos. nunca tinha me sentido tão universitária.para ver onde ficam Redonda e a vizinha Peroba, assista Canoa Veloz (http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=3279); seu Nô era o anfitrião.até, mônica.
>Essa é muito comum em Minas Gerais. O mineiro vira pra você, perguntando se pode pôr pó de café pra coar:- Pó-pô-pó? – Pode.
>Fala Edu,Segura aí: – Poxa, essa subida de ladeira é pesada, chega a suei (cheguei a suar) – Na areia dessa praia tem de tudo, tem concha, siri, tatuí; tem o diabo aquático (o diabo a quatro) Para finalizar, um diálogo sensacional, travado em uma padaria: – Senhor, tem Guig Coke aí? – Ãh ? – Guig Coke! Aquela que a garrafa de vidro é de prástico.Feliz 2009!
>Tem o clássico absoluto carioca : Colé? que conseguiram dimunir mais ainda pra Coé?Ambos querem dizer Qual é?Muito bom esse post.Abç,Caio
>Edu, nesta mesma linha do Colé? tem uma quem vende “Sabe qual é?” que dizem assim : Sacolé? Ou Sacoé?Caio
>Também tem os clássicos “pó pará” e “peraí”.
>Esta também é típica de minas. Rapaz vai na mercearia:- Cê me vê um “lidelei” (litro de leite)?
>Outro clássico mineiro:Espensquiuonsedes…Não é uma palavra mas uma expressão. Problema para criptólogos da CIA e da KGB.Abraços!
>Fala Edu!Primeiro, um ótimo 2009 a você e a todos do Buteco.Tem um blogue que ficou famoso por divulgar essas pérolas, só que cometidas em músicas famosas:http://www.interney.net/blogs/virunduns/2007/02/O nome é Virunduns, apropriado de um gaiato que cantava o primeiro verso do Hino Nacional com essa expressão. Esse link é dos posts mais antigos, porque hoje em dia a página perdeu um pouco do seu objetivo.Abraços!
>Edu, dê a licença…Diego, boru bóia… Então: “eles pensam que o nosso é deles” só seria se fosse “unósédês”, é isso? Se tudo estiver errado, eles pensam que “uonsédes” ou que “uonsedês”. Estou na labuta, tentanto decifrar, mas preciso da tônica, quêde? até, Mônica.
>Meu grande pai conta que um atigo colega, querendo exaltar as virtudes profissionais da filha, disse que a moça tinha o curso de “tilogassi…”Alguém arrisca ? Ele queria dizer que a menina era datilógrafa. Um abraço a todos.
>Monica, Boru boia! É quase isso, querida. Mas Espensquiuonsedes é isso aqui, ó:Es – eles – Você acertou.pens – pensam – Acertou de novo.quiuons – que o ônibus! É ônibus!edes – é deles – você acertou tb!”Eles pensam que o ônibus é deles” é um frase que se pode ouvir em qualquer ponto de ônibus de Minas.Beijo, querida. Edu, abração!
>Dizem que em Buteco a gente pode ir se chegando, sem maiores apresentações, que nem no dia em que eu estava no Jobi e a barata pousou com estrondo no meu decote, fazendo-me dar aqueles petelecos pouco convictos de quem está querendo convencer o inseto a ir embora, mas evitando maiores contatos com o bicho. Ao ridículo do gesto acrescentando-se os contidos “ui! ui!”s, afinal, eu, moça de fino trato, não ía querer dar vexame em lugar público. Aí é que vira para mim a bicha da mesa ao lado e berra, com entusiasmada familiaridade: – Mas como você é chiiiiiiiquee! Pousou a barata no decote da mona e ela nem gritou!! Nem precisa dizer que até o final da noite ficamos visceralmente irmanados pela experiência da barata, a partir de então compartilhada com todo o boteco. Coisa das nossas mesas que caíssem no chão, já não eram do santo e, sim, da barata e por aí vai.Bom, isso tudo só para dizer que eu não sou da turma, mas vou metendo o bedelho na conversa de vocês :-). É que, dia desses mesmo, eu vinha andando na Pres. Vargas e tinha ali uma daquelas carroças de transportar garrafas pet para reciclagem, na qual o homem faz as vezes de burro (sem trocadilho). O homenzinho, suando muito sob o sol do meio dia, vinha agoniado, gritando para os passantes: “Óumêióumêióumei!”Eu, nordestina que sou, me senti automaticamente incumbida da missão diplomática de traduzir a expressão do homenzinho para os perplexos transeuntes. É que “óumêi” é corruptela de “olha o meio!”, que é a forma nordestiníssima de dizer “sai do meio!” ou “sai da frente!”, conforme é de uso corrente em outros brasis. Beijos e muito prazer,Roberta
>Hahaha.. genial este post e os comentários também! Grande blogada! Mas eu gosto e uso muito aquela expressão: Dermelivre!Beijo,Rê!
>Edu, tem uma que recebi em um email (que ja estou te encaminhando!) que é a seguinte:UisminoufaiAlguem conhece???É a famosa Sminorff Ice.Nesse mesmo email tem um expressão sem nenhuma consoante, “tida como unica frase universal a utilizar apenas vogais e ter sentido completo” que é: “ei, ó o auê aí ô”Té mais.
>Ninguem se lembrou do CADÊ voce ??