>LIVRARIA FOLHA SECA – 3 ANOS

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E eis que no sábado, 20 de janeiro de 2007, dia de São Sebastião do Rio de Janeiro, a Rua do Ouvidor, aquele canto mágico da cidade, foi testemunha uma vez mais – e eu junto, graças a todos os deuses – de um momento que nos dá, aos cariocas de boa cepa, a certeza de que vivemos na Cidade Maravilhosa, maiúscula.

Os igualmente maiúsculos cariocas Rodrigo Ferrari e Daniela Duarte receberam pouco mais de 300 pessoas para comemorar, aproveitando o ensejo da festa do padroeiro, o terceiro aniversário da mais carioca das livrarias da cidade, a livraria do meu coração, a Livraria Folha Seca.

Não vou, aqui, dizer quem estava, quem não estava, para não cometer injustiças que seguramente viriam a reboque da falta de memória.

E vou repetir, aqui, o que eu disse a muito gente durante a festa: não havia um mísero jornalista cobrindo aquela celebração, prova impressionante da força do povo carioca que resiste às carradas de pessimismo que nos impingem os jornais, as revistas, a imprensa em geral. Foram horas de festa. Muita bebida. Um feijão servido a centenas de pessoas – pequena pausa para dizer que o feijão foi feito com tempero e carinho na medida certa pela Joana. E nenhuma briga. Nenhum tumulto. Nada além de uma tremenda manifestação coletiva de orgulho.

E aquele ambiente de alegria só terminou quando raiou o dia.

Exatamente como cantou outra carioca máxima, Beth Carvalho, como vocês poderão ver no video abaixo.

Mas antes de encerrar, quero lhes contar um troço bonito que me dá a certeza de que aquela livraria é mais, é muito mais que um livraria, um simples ponto comercial. É o bunker da paixão do carioca por sua cidade, assentamento sobre o qual a força que mantém viva essa paixão desmedida se consagra. A Beth escreveu belíssima declaração – de amor – no livro de presenças da festa. Lembro-me, apenas, da primeira frase, que diz tudo:

“Nunca é tarde para se conhecer o paraíso.”.

Até.

14 Comentários

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14 Respostas para “>LIVRARIA FOLHA SECA – 3 ANOS

  1. >É isso aí, Dudu!Tudo o que existe é pra todos mas não é pra qualquer um.Quem não foi, perdeu. Bem que você avisou!Axé, saravá e bençãos pra você, para que você continue nessa luta pela preservação da nossa cultura de raiz!

  2. >Não me lembro da última vez que vi tantas pessoas verdadeiramente felizes juntas. Todas extasiadas com o que acontecia à sua frente. Todas em paz. E bêbadas, claro! :)Que bom que eu era uma delas!Beijo grande!

  3. >o clima de companheirismo, a risada aberta e convidativa das pessoas, essas são algumas das impressões que fazem com que a gente sinta-se próximo até mesmo de quem não conhece, mas já guarda algum carinho só por estar ali naquele pedacinho do paraíso, para cantar, beber, trocar idéia e finalmente livrar das flechas o nosso padroeiro. momento histórico que, infelizmente, passa longe das páginas dos tablóides cariocas.

  4. >É verdade. Vida longa ao templo maior da carioquice. Fica aqui um agradecimento comovido, no meu caso, ao Joaquim do Rio-Brasília e ao Zé R. Pontes, da livraria Pontes, de Campinas.O Joaquim forneceu, atendendo aos apelos do Edu – que, dizem, ajoelhou-se em plena Almirante Gavião – o maracujá dos deuses. O Pontes presenteou o Digão com a cachaça que acompanhou a feijoada e, cá pra nós, é boa pra cacete.Mas, Betinha, nem todos estavam bêbados. Eu me mantive na mais absoluta sobriedade a festa inteira. Beijos

  5. >Edu, jornalistas até que havia muitos. Lá bateram ponto, além de mim, o Cid Benjamin, a Heloísa Seixas, o Ruy Castro, o Chico Aguiar e o Dimmi Amora. Mas só o Marechal estava lá a trabalho.

  6. >Minha mãe amada: axé? Saravá? Socorro, Simas! Socorro! Donde você tirou isso, minha mamamada?Betinha: eis aí uma verdade definitiva. As centenas de pessoas que estavam ali estavam flagrantemente felizes e sem a paranóia dos shopping centers e suas praças de alimentação.Arthur: você foi uma das grandes presenças da tarde, maiúscula aquisição pro nosso time. Seja bem chegado, camarada! E apareça mais vezes!Simas: sóbrio?Dinda: você entendeu o que eu quis dizer; vou perdoá-lo mais uma vez em razão da sua visível esclerose galopante.

  7. >Me incluo no grupo ds jornalistas. Mas tbm de folga, ao contrário do Marecha 😉

  8. >Eu não duvido nada que tudo seja fruto da mente e do coração mágicos desse maior carioca de todos, o Edu.

  9. >Isso mesmo, Marcelo. Fomos acusados injustamente. Vai que é tua, Marechálvaro!

  10. >Insisto na minha sobriedade e, também, na do Marecha.

  11. >Grande Edu, que sábado, heim!!E obrigado pela dedicatória, estou adorando o livro.Comigo estavam um mexicano, um belga e chegou depois um catarinense que pela primeira vez no Rio, saiu direto do aeroporto pra praia e lá, não sei como,soube do samba. Isto sem conhecer ninguem aqui. Ficou na nossa mesa equando vi já estava abraçando o Rodrigo. Figuraça!!Sortudos os caras, não!?Ficaram malucos com a bela festa!!Um grande abraço rubronegro e até a próxima.

  12. >Edu, eu confesso que fiquei meio sem jeito de ir falar com vocês. Mas quero dar meu depoimento (rs): além de escrever muito, você canta muito também. Seus duetos com o Moacyr Luz foram o máximo! Um grande abraço.

  13. >Que beleza!!!Belas fotos!!!BeijoTiago Prata

  14. >Será que vai virar tradição esse “Samba Tião!”?Tem tudo pra vingar.Maravilha… Maravilha…

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