>VARGAS (1954-2004)

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Doces figuras, quando comemorarmos a passagem dos 100 anos da morte de Getúlio Vargas, quando comemorarmos os primeiros 50 anos de vida do Bar Getúlio, eu, Dani, Fefê, Brinco e Betinha, ainda vivos, poderemos dizer orgulhosos que estivemos na inauguração desse buteco que nasceu com cara de tradicional, numa noite recheada de momentos épicos.

Comandado por Wilson Flora, o Baiano, o Bar Getúlio recebeu, fácil, mais de 300 pessoas na inauguração.

Poucos foram os que conseguiram lugar sentado, o que no nosso caso deveu-se à ação da Brinco, que chegou cedinho pra garantir o privilégio.

Alguns dos personagens da noite pareciam contratados pelo Baiano com o objetivo de tornar tudo mais hilariante. E tome chope.

Um casal recolhia em sacos plásticos daqueles azuis, o que era servido aos convidados: carne seca acebolada, bolinhos de aipim, carne assada, coxinha de galinha, tudo guardado dentro de uma sóbria pasta carregada pelo coroa.

A mulher, depois de 3 chopes, passava de mesa em mesa dizendo, come, filho, é hoje só que amanhã não tem mais boca livre. E tome chope.

Um outro casal entrou no bar portando uma gigantesca bandeira do Brasil e o bar inteiro, de pé, cantou o Hino Nacional, o Hino à Bandeira e o Hino da Independência. E tome chope.

Paulo Caruso cantou a Internacional uma meia dúzia de vezes. Mais chope.

Dani, animadíssima, vestiu a máscara veneziana que ganhou de presente naquela noite e eu, gastando meu italiano, tentava traduzir receitas do livro que ganhei pro Fefê.

O que é basilico?, perguntou Fê.

E eu, dando uma de Dani, a poliglota: Fê, não tem o vinagre balsâmico? Pois tem o vinagre basílico.

Ao que Betinha, no chão de rir, grita que basilico é manjericão. Chope.

Jaguar, Lan, Zé Luiz do Império, Moacyr Luz, a turma do Bar da Dona Maria (que, se usar o critério qualidade, tem tudo pra trocar de bar), Antônio Pedro, Marceu Vieira, Luizinho dos Drinks, um bando de entendedores do riscado conferiam de perto o parto do Getúlio.

Em breve, a S.E.M.P.R.E. estará lá pra conferir de perto o que conferi in loco.

Sob a batuta do Baiano, que joga nos gramados mais vagabundos há anos e entende do negócio, o Getúlio tem tudo pra acabar com a suposta hegemonia de falsos butecos que existem aos montes na zona sul. Aos montes.

A rima é sugestão proposital.

Pelo que se viu, nasceu um clássico no Rio de Janeiro na noite de 24 de agosto de 2004.

Estávamos lá, diremos daqui a cinqüentinha. Saravá.

Até.

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